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Luiz Couto critica vícios da eleição da Câmara e falta de unidade do PT, PDT e Rede

 “Coisas estranhas aconteceram”. Foi essa a avaliação do deputado federal Luiz Couto (PT-PB) ao comentar o resultado da eleição da Câmara Federal, ocorrida na última quinta-feira, 2 de fevereiro. O parlamentar petista fez uma autocrítica em relação ao comportamento do bloco formado pelos petistas e outros deputados do PDT e Rede que não mantiveram na hora do voto o compromisso assumido de apoio ao candidato André Figueiredo (PDT-CE).

 

Ele teve apenas 59 votos, quando havia 58 deputados petistas presentes. “É muito fácil assumir um compromisso e votar diferente”, lamentou o deputado paraibano que havia anunciado com antecedência que não votaria em candidatos cuja orientação tivesse sido de alinhamento com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff: “Não votaria em golpistas, de maneira alguma!”, garantiu.

 

Eleito em primeiro turno, Rodrigo Maia derrotou, além de Figueiredo, outros quatro candidatos: Jovair Arantes (PTB-GO), que obteve 105 votos; Júlio Delgado (PSB-MG), 28 votos; Luiza Erundina (Psol-SP), 10 votos; e Jair Bolsonaro (PSC-RJ), 4 votos. Houve cinco votos em branco.

 

Couto também reclamou da burla à regra de composição da Mesa Diretora de acordo com a representação dos partidos naquela Casa: “Foi desrespeitado o princípio da proporcionalidade. Na realidade, o blocão feito pelo presidente eleito quase que retirava qualquer possibilidade dos partidos de oposição estarem na Mesa Diretora. Só teremos dois nomes: o companheiro Pedro Uczai (PT-SC), segundo suplente e Dagoberto (PDT-MS), primeiro suplente. Ou respeitamos o processo democrático ou vamos assimilar os erros e os vícios praticados nas eleições gerais do nosso País, com o poder econômico funcionando, a compra de votos e a influência do governo para eleger seu candidato em primeiro turno. O governo golpista interviu, fez de tudo e foram feitas denúncias de oferta de cargos para que alguns votassem no candidato do governo”.

 

Declarando-se triste com o resultado da eleição, Couto exortou seus companheiros da bancada de esquerda: “É preciso cuidar para que os partidos não sejam destruídos pelos blocões planejados por uma estrutura destinada a violentar os direitos dos trabalhadores, aposentados, etc”.

 

Redação com Ascom 

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