Líder do DEM na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC) se diz contrário a fusão de seu partido com o PMDB. O assunto passou a ser ventilado com a aproximação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ao vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB). O parlamentar minimiza a movimentação e garante: "houve apenas um convite do PMDB para que Kassab entrasse no partido".
Embora rejeite a ideia, Bornhausen defende a discussão sobre a fusão por "estar na ordem do dia e ser juridicamente possível". Mas, segundo ele, "a partir de um convite a Kassab foram feitas elucubrações". "O convite virou fusão, e até mesmo adesão", diz Bornhausen, minimizamdo a possibilidade de fusão.
– "Todos nós, inclusive Kassab, somos favoráveis a nos mantermos na oposição". E acrescenta: "precisamos fortalecer o partido".
Segundo Bornhausen, "a maioria esmagadora do partido deseja fortalecer o DEM através dos seus mecanismos próprios, que são as convenções, e o quanto antes". E detalhou: "É preciso apresentar ao partido os resultados das urnas e ver como a base se manifesta".
Integrantes do DEM afirmam que a movimentação do prefeito paulistano em direção ao PMDB é apenas uma forma de se fortalecer internamente para disputar a presidência da legenda com o atual dono do cargo, o deputado Rodrigo Maia (RJ). "Kassab pode o que quiser dentro do partido. Ele é o nosso líder, o nosso grande líder… onde ele estiver, estaremos", defendeu Bornhausen. "É hora do partido se renovar", pontuou.
Lideranças nacionais do DEM garantem ser inviável a fusão entre as siglas e apontam motivos pessoais para a movimentação de Kassab. Agora, tanto o DEM quanto o PSDB pretendem esvaziar a estratégia de fusão. Sem diálogo com o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e sem perspectivas de nova candidatura na aliança PSDB-DEM, Kassab buscaria no PMDB futuro político, ainda segundo seus colegas de partido.
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