O paraibano Leonardo Gadelha, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e atualmente suplente de deputado federal, foi convocado para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no órgão. A primeira reunião do colegiado está marcada para esta terça-feira (26), às 9h, no Fórum Cível da Capital Federal.
A lista de convocados inclui ex-presidentes do INSS e ex-ministros, que deverão prestar esclarecimentos sobre esquemas de descontos irregulares em aposentadorias e pensões. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), afirmou que a comissão “vai seguir o caminho do dinheiro” e que as punições podem chegar a mais de 30 anos de prisão.
Instalada em 20 de agosto, a CPMI é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), após a oposição barrar a tentativa do governo federal de indicar Omar Aziz (MDB-AM) como presidente e Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como relator. A vice-presidência ainda não foi definida.
As reuniões ocorrerão às segundas e quintas-feiras, evitando coincidência com sessões de votação no plenário. A comissão foi criada após reportagens do portal Metrópoles, publicadas a partir de dezembro de 2023, que revelaram um esquema bilionário de descontos irregulares, o que resultou na abertura de inquérito pela Polícia Federal e na saída do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Ao todo, mais de 30 requerimentos de convocação estão pautados, incluindo nomes como Carlos Gabas, Lindolfo Sales, Leonardo Rolim, Renato Vieira e Leonardo Gadelha, que representará a Paraíba nas oitivas.
