Conforme o relatório, só na remoção de solo mole, o prejuízo pelo pagamento superior ao que foi efetivamente executado, foi de quase R$ 6 mi.
Com seis volumes e centenas de páginas, os inquéritos que investigam as suspeitas de desvios milionários nas obras da Lagoa, apontam mais irregularidades do que se imaginava. Não é apenas o superfaturamento dos preços, mas também serviços inadequados, materiais contabilizados em duplicidade e constatação de prejuízos devido a adoção de serviços irregulares.
A reportagem do PB Agora esteve na sede do Ministério Público Federal nesta segunda-feira (19) para ficar a par do conteúdo das investigações, que até semana passada seguiam sob sigilo. Em uma das folhas a Procuradoria da República encaminha à Polícia Federal o relatório com o escopo para que o órgão dê andamento às investigações sobre as irregularidades detectadas pela Controladoria Geral da União.
As irregularidades apontadas, conforme o relatório, são todas tipificadas no Código Penal e foram detectadas durante fiscalização do serviço, são elas:
1 – Serviço de carga, manobra e descarga de materiais computado em duplicidade, causando um prejuízo de R$ 33.613.40
2 – Utilização de composição inadequada para o serviço executado, causando um prejuízo de R$ 385.202,57
3 – Pagamento superior ao valor dos serviços efetivamente executados, causando um prejuízo de R$ 92.687, 42 (dique de contenção)
4 – Pagamento superior ao valor dos serviços efetivamente executados, causando um prejuízo de R$ 5.971.568,00, ou seja, quase R$ 6 milhões de reais só na remoção de solo mole.
5 – Superfaturamento de R$ 3.607.795,00 em face de utilização de preço de referencia por parte da prefeitura de João Pessoa de serviço incompatível com o efetivamente executado pela empresa contratada.
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PB Agora