Às vésperas de um dia tão especial, Júlio Rafael, que esteve em Brasília até o início da tarde, foi informado por telefone, em plena conexão para o Estado, de uma notícia com nenhum motivo pessoal para comemorar.
O Conselho Deliberativo do Sebrae-PB, contrariando uma expectativa antes da viagem à Capital Federal, não acatou registro de sua candidatura para disputa de mais um mandato. O prazo final para registro de chapas se encerrou às 18h desta quinta-feira.
Na prática, embora não admita publicamente, Júlio Rafael está se sentindo traído. Enquanto estava em Brasília justamente tratando dos detalhes para fortalecer sua pretensão de um mandato que, desta vez, lhe renderia mais quatro anos à frente do Sebrae, companheiros de gestão não lhe deram abrigo no sonho.
"Vamos seguir em frente". Com esta frase, o economista não escondeu sua tristeza, mas não quis dar dimensão a seu descontentamento político-pessoal pela manobra de bastidor que lhe isolou completamente do processo.
O atual superintendente demonstrou confiança na resolução do "mal entendido". A chapa encabeçada por ele ainda conta com a presença do secretário de Finanças do Município de João Pessoa, Ricardo Madruga e tem o apoio do prefeito pessoense, Luciano Agra, do governador eleito, Ricardo Coutinho e do deputado federal Luiz Couto.
A chapa de oposição é liderada petista Anselmo Castilho (superintendente) e tem ainda Ruy Leitão (Diretoria Administrativa) e Valdeir Ventura (Técnica).
A eleição do Sebrae se decide com treze votos, num colégio integrado por representantes dos três bancos oficiais (BNB, Brasil e Caixa Econômica), dois do Governo do Estado, UFPB, Sudene, Sebrae Nacional, Fiep, Fecomércio, Fetag, Federação da Pequena e Micro Empresa e Federação das Associações Comerciais.
Redação
- Com Blog do Luís Torres
