O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, vão se reunir hoje (11), para tentar chegar a um acordo sobre o projeto de lei antifacção, que é de autoria do governo, mas está sob a relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), de oposição. Gleisi e outros integrantes do Poder Executivo têm manifestado críticas ao relatório de Derrite e desejam que o texto não seja votado do jeito que está.
Segundo Gelisi, o Palácio do Planalto faz críticas a diversos pontos do relatório. Entre os trechos que preocupam estão nas alterações na Lei Antiterrorismo, em abrir margem para que a Polícia Federal perca influência no combate às facções, em um trecho que pode abrir caminho para criminalizar movimentos sociais e outro que limita as medidas de confisco de bens.
Desses trechos, Derrite fez ajustes no que trata do confisco de bens e no da PF. Ainda assim, as alterações feitas em relação a PF não agradaram a corporação a ponto de que fosse feito um acordo. O deputado do PP se licenciou temporariamente do cargo de secretário de Segurança da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo para fazer o parecer. Motta diz que pretende levar o projeto à votação nesta semana.
“A ideia é votar sim, vamos aguardar as movimentações em torno do texto que o relator está responsável. Quando falo, votar sim, é nessa semana”, afirmou Motta em entrevista à imprensa nacional.
Além da reunião com Gleisi, o presidente da Câmara irá participar na manhã desta terça de uma reunião de líderes partidários para alinhar a previsão de votações desta semana. Também é esperado que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, responsável por apresentar o PL agora relatado por Derrite, participe de conversas com Motta e o relator.
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Redação








