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G10 confronta o governo e acusa Nonato, Torres e Guerra de serem pomos da discórdia

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O confronto está estabelecido e a situação fica cada vez mais tensa: o G10 não aceita continuar (ou, pelo menos, comportar-ser como) aliado do Governo do Estado, recebendo deste um tratamento incompatível com a relação que todo governo deve ter com aqueles que lhes dão sustentação política.

Desde já, o G10 está disposto a encurralar o Governo, na Assembléia Legislativa, mantendo-o nas cordas… A menos que o Palácio da Redenção restabeleça a relação de respeito e reconhecimento da Casa de Epitácio Pessoa, como um poder independente, e não um puxadinho da Casa Grande da Praça dos Três Poderes, como vinha sendo… Ou o governo trata o bloco como verdadeiro aliado, ou terá a sua base de sustentação política no parlamento esvaziada. Aliás, na prática já está…

A propósito, na noite de terça-feira, dois interlocutores do G10 foram claros, em conversa com este colunista: “Somos da base aliada, mas não incondicionalmente. E sem nós, o governo não ganhou nem ganhará sequer uma votação na Assembléia Legislativa. Queremos respeito e ser tratados como aliados verdadeiros, mas estão jogando a gente para a oposição…”

Pau cantando

O G10 é um grupo de parlamentares da base aliada do Governo na Assembléia Legislativa, mas que está totalmente insatisfeito com o tratamento que tem recebido do Palácio da Redenção. E, por gravidade, está se fazendo parceiro da oposição…

Nos bastidores, a guerra surda entre e o G10 e o Governo, de fato é muito mais acirrada do que aparenta naquilo que já foi tornado público. A situação não se complicou mais ainda, porque o presidente da Assembléia Legislativa, Adriano Galdino, tem procedido como elemento moderador, embora seja um dos membros do bloco. “Mais que isso: O Adriano Galdino presidente é fruto do G10”, observou um dos interlocutores, acrescentando: “Lembre-se que o Governo tentou emplacar vários nomes da sua escolha pessoal para presidir a Assembleia Legislativa nos próximos biênios, sendo o último deles Hervázio Bezerra, ex-líder do Governo Ricardo Coutinho. Tudo parecia favas contadas. Contrariando o projeto do governador João Azevêdo, o G10 articulou a eleição de Adriano Galdino, para o primeiro e segundo biênios.”

De acordo com dois parlamentares com quem o colunista conversou em sua casa, na noite de terça-feira, entre o Governo João Azevedo e o bloco em vias de dissidência tem três incomodas pedras no caminho; e sem que elas sejam removidas para possibilitar um eventual processo de entendimento, não há acordo. As tais preciosas pedras são: Nonato Bandeira, Secretário de Estado de Governo; Luís Torres, secretário de Comunicação; e Ronaldo Guerra, chefe de gabinete.

No entendimento do G10, estes são os cavaleiros do apocalipse socados de goela abaixo pelo ex-governador Ricardo Coutinho, padrinho político de João Azevêdo, na atual gestão. Os interlocutores do G10 ainda acrescentaram que o grupo gosta e defende o Governo, mas o Governo é que não gosta deles.  “Bandeira, Luis Torres e Ronaldo Guerra têm ódio do G10, enfatizou um deputado.

Perguntado se Nonato, Luís Torres e Guerra teriam força suficiente para impor as vontades do Governo na Assembleia Legislativa, um dos parlamentares que visitou o colunista foi enfático e com euforia responde: “Até a eleição de Adriano Galdino eles pensavam que tinham esse poder. Os três tinham sido escalados para articular a eleição de um nome escolhido do Palácio para presidir a Casa de Epitácio Pessoa, mas quebraram a cara”.

O começo

Na avaliação dos dois parlamentares que conversaram com o colunista, o surgimento do G10 não se deu a partir da eleição de Adriano Galdino. Desde o mês de outubro do ano passado, que o grupo começou a naturalmente tomar corpo diante de um quadro que eles atribuem a uma manobra de Ricardo Coutinho e Gervásio Maia para submeter a Assembleia ao jugo total do Palácio da Redenção. A partir daí, o G10 começou a se articular dentro da base aliada do Governo com o propósito, sobretudo, de resgatar a independência da Casa de Epitácio Pessoa e o tratamento do Palácio àqueles que apóiam o governo. “A partir da eleição de Adriano Galdino, acabamos com a festa de Ricardo Coutinho e Gervásio Maia”, acrescentou um intrépido interlocutor.

À distância

Ainda segundo os dois componentes do G10, o grupo não tem líder e quem estiver apostando na desagregação do G10 pode tirar o cavalo da chuva. “Ali ninguém solta a mão de ninguém”, frisou um deles.

Perguntado se o grupo não se dispunha a eleger um emissário ao Palácio para recompor integralmente a base aliada com os 10 parlamentares insatisfeitos, os deputados afirmaram categoricamente: “Já tentamos, mas foi em vão. O governador João Azevêdo está proibido de chegar perto do G10”.

Minando

Como se não bastasse o tratamento que gera toda essa indisposição do G10 com o Governo, os prefeitos aliados a cada um dos deputados que compõem esse grupo estão sendo chamados aos gabinetes oficiais para serem cooptados e romper com os parlamentares. “Eles estão perdendo tempo também neste quesito. Nós é que vivemos no interior juntos e misturados, dando apoio a vereadores, cabos eleitoraisv, eleitores e refeitos”.

Graves problemas

O Governo do Estado, segundo o G10, ainda não se deu conta de que, dificilmente, governará ou pelo menos fará uma boa gestão sem uma maioria tranqüila no parlamento. Hoje o governo tem sua base aliada 15 deputados que poderão ser 14 ou 13, enquanto o G10 tem 10 podendo ser 11 ou 12; e a oposição, com quem eventualmente estamos tendo uma boa parceria, tem 11 parlamentares.

Calvário

O G10 avalia que o governo não se deu conta, também, de que está em meio a dois grandes problemas. De um lado, a Operação Calvário investigando os podres da Cruz Vermelha e sua Ocrim, cujas investigações sugerem até um grande risco ao mandato de João Azevêdo… Isso, já depois de ter provocado a detonação do núcleo forte do governo que foi sumariamente defenestrado do poder: Waldson de Souza, Livânia Farias, Gilberto Carneiro. Afora, claro, agregados supostamente mulas que transportavam caixa de dinheiro de origem duvidosa… O segundo problema, a fragilidade total na sustentação política do governo no Parlamento mediante esse desentendimento com o G10. Em suma, são um grave problema jurídico e outro político.

Por enquanto é só. Amanhã tem mais sobre o G10.

Meu nome é tchau!

 


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