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Falta de confiança em Cássio liberou aval da executiva do PSDB

Credibilidade em xeque: aval da executiva à candidatura de Cícero foi motiva pela falta de confiança no ex-governador Cássio

Depois do aval da executiva tucana a candidatura do senador Cícero Lucena (PSDB) ao governo do Estado, a credibilidade o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi posta em xeque. Uma fonte ligada ao grupo tucano, que não quis se identificar, revelou o motivo da decisão da executiva: a cúpula tucana nacional não confia em Cássio. Dentre os fatos elencados para esta perda de confiança, um chamou a atenção: um ato que foi considerado pelos tucanos como uma traição do ex-governador ao partido.

Na campanha presidencial de 2006, quando o então presidente Lula disputou a reeleição contra Geraldo Alckmin, Cássio ficou responsável pela distribuição do material de campanha de Alckmin na Paraíba. Na época, alguém – que não teve o nome revelado pela cúpula do PSDB nacional – enviou documentação comprovando o que a cúpula desconfiava: o material não foi para a rua.

Tudo o que foi enviado para a Paraíba estava guardado em um depósito da capital, pois era intenção de Cássio fazer um ‘jogo duplo’ – todos lembram que os tucanos cassistas, na época, incentivaram a criação dos comitês Cássio-Lula, mesmo com Cássio negando qualquer envolvimento com a movimentação.
Também foi citado na reunião um fato mais antigo: na campanha presidencial de 1989, Cássio, no PMDB, traiu o partido, ao apoiar a candidatura de Mário Covas, do PSDB, em detrimento da candidatura peemedebista de Ulisses Guimarães. Mesmo sendo uma decisão a favor do PSDB, o fato foi citado como ato de quem não prima pelo partidarismo e levado em conta pelos tucanos na análise para a decisão.

Os fatos citados, de acordo com a fonte, foram determinantes para que a decisão fosse pela manutenção da candidatura de Cícero. O tucano informou ainda que, após a decisão, Cícero, que já vinha empolgado, tornou-se 100% decidido – tanto que determinou, ainda em São Paulo, que seus aliados na Paraíba o esperassem para uma reunião na noite do mesmo dia, quando retornaria ao estado.

Já Cássio, entristecido, decidiu permanecer ausente da Paraíba – e da campanha de Ricardo Coutinho, seu aliado. Conforme ele mesmo divulgou, só retornará à Paraíba após a renúncia do prefeito pessoense para concorrer ao Governo do Estado. Há quem diga que o ex-governador esteja tentando demover a cúpula nacional tucana da decisão, Porém, segundo informou a fonte, a decisão foi muito estudada e, pelo que foi presenciado por ele, difícil de ser mudada.

As informações foram publicadas pelo jornalista Carlos Magno, que é colunista do Portal PB Agora.

Dia D: Cícero, Cássio e bancada estadual e federal se reúnem com Serra dia 10

Diante de todo o imbróglió porque passa a Paraíba, a cupula tucana irá afinar suas arestas em encontro com o presidenciável José Serra, que está previsto para o próximo dia 10. O objetvo será decidir oficialmente se o partido terá candidato próprio ao Governo da Paraíba nas eleições deste ano – como defende Cícero Lucena – ou se vai anunciar o apoio à candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) – como quer o ex-governador Cássio Cunha Lima.

A reunião dos tucanos será a mesma data do lançamento da pré-candidatura de José Serra a presidente da República, agenda, inicialmente, para o próximo dia 10 de abril, em Brasília.

 

Redação
 

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