Responsável por tirar o Brasil do mapa da fome, em 2014, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), foi praticamente extinto no primeiro dia de governo do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a Medida Provisória que extingue definitivamente o órgão deverá ser votada hoje no Congresso Nacional.
A votação foi alvo de protesto de ativistas, que realizaram ontem no Parque Lagoa, em João Pessoa, um banquetaço contra a extinção do Consea. Mas independente da decisão do governo Bolsonaro, a presidente do órgão na Paraíba, Mãe Renilda Bezerra de Albuquerque, revelou que o Consea-PB não será extinto, e que a garantia da manutenção do órgão é do governador João Azevêdo (PSB).
Mãe Renilda lembrou que o Conselho Nacional de Segurança Alimentar existe no Brasil desde o tempo em que o sociólogo Herbert José de Sousa (Betinho) se dedicou ao projeto, mas acabou falecendo em agosto de 1997. Desde então, com a luta de Betinho, o programa conseguiu erradicar a fome no Brasil, através de um trabalho que serviu de modelo para outros países.
"Por nossa sorte, na Paraíba, temos um governante que se chama João Azevêdo, e que continua discutindo Segurança Alimentar. Ele bateu o martelo quanto a esta questão e garantiu que no Estado da Paraíba o Consea- PB não será extinto. Vai continuar trabalhando, buscando combater a fome em todas as comunidades que vivem em situação de risco", revelou Mãe Renilda, enfatizando que o Consea-PB vai continuar existindo, com toda sua infraestrutura, na Casa Civil do Governo.
Retrocesso
Os índios da Tribo Tabajaras chamaram a tenção no movimento, que aconteceu no Parque Lagoa, ao apresentarem uma dança com a participação de dezenas de indígenas. Segundo o cacique Ednaldo, o fechamento do Consea é um retrocesso e a sociedade brasileira precisa de evolução em políticas públicas e o Consea só trouxe alegria e vitória para os povos indígenas e quilombolas.
Redação
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