Após visitar obras do PAC em Manguinhos, no subúrbio do Rio, nesta sexta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou com o público presente ao afirmar que não é ele quem fala em campanha nos eventos, mas o povo.
“Depois vão dizer que eu falei em campanha. O Lula não falou em campanha, vocês é que falaram esse nome aí”, disse Lula, após ser saudado com gritos de “fica, fica, fica” ao anunciar que só voltará à comunidade em dezembro de 2010, quando, segundo ele, entregará o mandato a outra pessoa.
Aos gritos pedindo a permanência do presidente, misturaram-se outros saudando a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que retomou sua agenda de eventos públicos após ter sido internada na semana passada com dores em decorrência do tratamento de câncer linfático.
“Espero que a profecia que diz que a voz do povo é a voz de Deus esteja correta nesse momento”, disse o presidente.
No último dia 14, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) isentou o presidente e a ministra da acusação da oposição de fazerem campanha antecipada durante o Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, realizado em Brasília nos dias 10 e 11 de fevereiro.
Bastante aplaudida ao ter seu nome anunciado, Dilma falou pouco antes do presidente. Ao encerrar sua explanação sobre o PAC, a ministra mandou um grande abraço ao público e agradeceu “do fundo do coração” pela solidariedade e apoio que vem recebendo.
Durante o discurso, Lula disse que era fácil governar para pobres porque “com pouca coisa se faz muito”, e voltou a afirmar que quem não gosta de ouvir reclamações, não deve se candidatar.
Com relação às obras do PAC de Manguinhos, o presidente disse que disse que o lugar tinha “uma fama tão desgraçada” que até o Exército tinha ido embora dali. “Ainda vivo não quero mais ouvir falar dessa palavra, favela. Quero ouvir falar em bairros”, disse.
G1