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Eles têm o aval

Mágoa e rancor são como furúnculos. Demoram, mas um dia eclodem. E os desta quarta, mesmo que tímidos, recaíram sobre o coitado do líder da oposição, deputado Manoel Ludgério. Só porque o pobre, que é responsável, entre outros, por liderar dez deputados do PSDB na Assembléia, declarou que poderia votar no prefeito Ricardo Coutinho em 2010.

Os tucanos ligados ao senador Cícero Lucena, em especial o deputado Ruy Carneiro, deram uma boa chamada em Ludgério. Justa, elegante e incisiva. Só erraram numa coisa: no alvo. Numa guerra, é o comandante que dita as regras da marcha. E, neste caso, o general da tropa oposicionista, o ex-governador Cássio Cunha Lima, só deu uma ordem: o inimigo é Maranhão.

Portanto, Ludgério (e tantos outros) disse o que disse em relação a Ricardo simplesmente porque não tem restrições para fazê-lo. Nem ele, nem Armando Abílio, nem Enivaldo Ribeiro, nem Zenóbio Toscano, enfim, nem todos os outros que formam a oposição ao governo Maranhão. Não têm amarras porque não lhes foram impostas pelo comandante. Nem hoje nem antes.

A ação do soldado só existe, no mínimo, ante à omissão do maior.

E a regra, caros amigos, é excludente. Só Maranhão é inimigo. Quem não é Maranhão, portanto, inimigo não é. Ora, é nesse diapasão, portanto, que marcham lideranças políticas da oposição no Estado, para cima de apenas um inimigo. O que estiver pelo caminho, seja forasteiro ou não, seja confiável ou não, será utilizado em favor da missão maior.

É claro que o resultado disso é a dispersão. Porque não se dá para falar em unidade de ação se cada uma das partes está livre para andar e falar o que quiser. Aliás, o discurso da unidade, tão recorrente nos discursos, só tem sentido de ser quando há unidade de projetos.

De uma forma ou de outra, se quiserem garantir de fato unidade de ação dentro do grupo com vistas a 2010, os tucanos que apostam no fortalecimento da candidatura de Cícero têm, imediatamente, que aprender a falar inglês.

 

 

Soltas no ar

Os bombeiros – Minutos depois que o deputado Ruy Carneiro divulgou nota alegando que não seria mais liderado por Ludgério em razão do insinuado apoio a Ricardo Coutinho, bombeiros tentaram apagar o fogo em Brasília.

 

Os bombeiros II – O presidente da Assembléia, Arthur Cunha Lima, e o deputado federal Rômulo Gouveia, foram ao gabinete do senador Cícero Lucena para atenuar as declarações de líder oposicionista. Tiveram medo das reações.

 

Sugestão tucana – Internamente, teve aliado do senador que sugeriu uma ligação telefônica imediata de Cícero para Manoel Ludgério. Não para cobrar. Mas para lembrar que reflita sobre a candidatura do PSDB ao governo do Estado.

 

Recepção – Um sistema de grande circulação no Estado prepara uma lista das nomeações de parentes de magistrados no governo Maranhão. A matéria deve ser publicada no dia em que o ministro Gilson Dipp, do Conselho Nacional de Justiça, chegar na Paraíba para fazer uma correição no Judiciário paraibano.

 

Vrum!!! – Numa velocidade de Stock Car, o vereador Raoni Mendes (PDT) conseguiu fazer com que a Câmara de João Pessoa aprovasse Título de Cidadão Pessoense para o piloto campinense Valdeno Brito, que teve recentemente o patrocínio do governo do Estado cortado por Maranhão.

 

O coringa – O vice-presidente do PSB estadual, Edvaldo Rosas, é uma peça importante dentro do projeto do prefeito Ricardo Coutinho. Ele faz o que ninguém mais faz.
 


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