A sede de se manter no poder cega as pessoas e faz com que elas hajam totalmente afastadas de princípios éticos e sem base alguma no bom senso. Ao longo da história presenciamos várias manobras para a perpetuação no poder, mas uma que não sai da memória dos brasileiros foi a que ocorreu nas eleições de 1930, quando o candidato da oposição, Getúlio Vargas, foi derrotado nas urnas e alguns meses mais tarde liderou um golpe que o conduziu à presidência da República.
Mas, vindo para os dias atuais um exemplo local e bem claro dessa vontade de se perpetuar no poder é do presidente da Câmara dos Vereadores, Durval Ferreira (PP), que vem se movimentando nos bastidores para tentar aprovar uma emenda à Lei Orgânica da capital, que possibilita a eleição ilimitada dos membros da Mesa Diretora da Casa de Napoleão Laureano.
A propositura, que já vem sendo chamada de ‘PEC Hugo Chavez’ – em alusão ao presidente da Venezuela, que assim como Durval, vem realizando várias manobras para se manter no poder – poderá ser levada para votação na próxima quarta-feira, uma vez, que será lida pela quinta vez em plenário. Atualmente o regimento determina que a gestão da Mesa Diretora está restrita a apenas uma reeleição para um mandato subseqüente.
Como é sua característica, Durval negou que a iniciativa tenha sido motivada pelo fato de pretender se reeleger pela segunda vez e disse (como também é seu costume) que a propositura tem a coautoria de outros “colegas vereadores”. Ingênuo (também como sempre finge parecer), para se eximir ta culpa do tal projeto polêmico Durval ainda disparou que nem sabe se vai ser candidato a reeleição.
Bem, sendo candidato ou não, sendo autor ou não da emenda, o fato é que a iniciativa ela é imoral e tem o objetivo único de perpetuação no poder assim como agem os que são contrários aos princípios da democracia.
Vale lembrar que Durval já foi reeleito para o posto e vem ganhando destaque na imprensa local pelo fato de tentar antecipar, a todo custo, a eleição da Mesa Diretora. O pepista também é sempre lembrado pela sua característica de trabalhar nos bastidores, sempre fazendo conchavos políticos e atuando para que os seus colegas de Casa sempre assinem documentos onde se comprometem a agir de acordo com os seus interesses.