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Disputa entre Lira e ala de Renan pela CCJ repercute nacionalmente. Paraibano permanece no páreo

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 Agora são dois senadores da bancada do PMDB vão disputar no voto, em eleição interna marcada para o final esta quarta-feira (08), a presidência da mais importante das comissões do Senado, a de Constituição e Justiça. Responsável pela sabatina do ex-ministro da Justiça Alexandre Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF), a coordenação dos trabalhos da comissão está sendo duramente disputada por Raimundo Lira (PB) e Edison Lobão (MA) a senadora Marta Suplicy (SP) desistiu no final da noite de ontem, após uma reunião do partido. O PMDB tem o direito a escolher antes das demais bancadas a CCJ por ser a maior bancada. A decisão deve sair ainda hoje. A disputa ganhou ontem ampla repercussão nacional, nas televisões, jornais e programas de rádio e deve perdurar nesta quarta-feira (08).

O senador Raimundo Lira deu entrevista a uma emissora de rádio da Paraíba e se queixou que o novo líder da bancada, Renan Calheiros (AL), que não respeitou o acordo com o colega – ainda em dezembro, o parlamentar paraibano já era cotado para o comando da CCJ. Para atender aos anseios de Renan, Lira abriu mão do interesse pela liderança da bancada ainda em dezembro em troca da sua indicação para a CCJ. Ele se queixa que Renan não cumpriu o acordo e indicou Marta Suplicy e Lobão para disputar o mesmo posto.

“Trabalhei 90 dias falando com os companheiros e tinha o apoio majoritário para ser líder, mas não confirmei minha candidatura porque sabia do interesse dele pela liderança. Quando abri mão da liderança, havia um acordo para que eu fosse para a CCJ, mas isso não aconteceu”, queixou-se Lira. Mais cedo, depois de mais uma das inúmeras reuniões que o PMDB tem realizado nos últimos dias, o senador minimizou a demora na escolha. “Está difícil, mas uma hora tem que sair.”

Articulação

Lira foi presidente da comissão do impeachment no Senado e, desde o ano passado, vem articulando a sua indicação ou para a liderança ou para a CCJ. “Tenho apoio majoritário para ser escolhido presidente da CCJ”, disse o senador paraibano. A bancada de apoio ao governo Senado tem pressa para aprovar o nome indicado do presidente Michel Temer para compor o Supremo Tribunal Federal no lugar de Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato morto em 19 de janeiro.

Além da CCJ, o PMDB resolveu ficar com as presidências de outras comissões importantes. A de Infraestrutura está sendo disputada por outros quatro pretendentes, mas o senador Eduardo Braga (AM) tem se articulado com a direção do partido e até com o governo para ficar com o cargo. O senador Valdir Raupp (RO) sugeriu que parlamentares que já ocuparam presidências de comissões ou cargos importantes, como o de ministro de Estado, ficassem fora da disputa.

Mas não houve acordo, uma vez que Eduardo Braga e Edison Lobão – que foram ministros de Minas e Energia na gestão Dilma Rousseff – não abriram mão da disputa pelo espaço de poder. O PMDB vai ficar, ainda, com as presidências das comissões de Assuntos Sociais e de Desenvolvimento Regional.

Raimundo Lira (PB) está na briga — Marta Suplicy deixou ontem a disputa para ficar com a presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Ex-presidente da comissão especial que conduziu o impeachment de Dilma Rousseff, Raimundo Lira defende que, se a questão precisar ir a votos, que sejam de integrantes do colegiado e não da bancada. “Votar no partido mostra uma ruptura que não é boa para ninguém. Vamos deixar a comissão decidir”, comentou. O senador contou que, desde outubro do ano passado, trabalhava para ser líder do partido, já que o ex-presidente Renan Calheiros pensava em assumir a CCJ. Como Renan escolheu a liderança, Lira entende que deveria ficar, então, com a presidência do colegiado, que, além da sabatina de Alexandre de Moraes, avaliará as reformas propostas pelo governo e participará da escolha do novo procurador-geral da República.

 

Redação com Congresso em Foco

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