A presidente afastada Dilma Rousseff deve assistir à votação final do julgamento do processo de impeachment nesta quarta-feira (31) no Palácio da Alvorada, acompanhada de alguns aliados, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, Rui Falcão, e o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), um de seus principais defensores no Congresso.
Segundo o G1 apurou, ex-ministros mais próximos da petista, como Jaques Wagner e Miguel Rossetto, também deverão acompanhá-la enquanto o Senado decide se aprova ou rejeita o impeachment.
Após o Senado tomar uma decisão, a presidente afastada pode fazer um pronunciamento informaram nesta terça (30) ao G1 assessores da petista. Embora a decisão ainda não tenha sido divulgada, o pronunciamento deverá ocorrer no Palácio da Alvorada.
A sessão destinada ao julgamento final de Dilma começou na quinta-feira passada (25) e, ao longo dos últimos dias, foram ouvidas testemunhas de defesa e de acusação, os autores do pedido de impeachment, a defesa da presidente afastada e a própria Dilma.
Nesta terça, enquanto os senadores discursavam no plenário, Dilma recebia parlamentares indecisos no Palácio da Alvorada em busca de convencê-los a votar contra o impeachment.
Segundo o ex-ministro Miguel Rossetto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também passou o dia no palácio conversando com parlamentares.
Pronunciamentos
Ao longo do andamento do processo de impeachment no Congresso, Dilma fez alguns pronunciamentos à imprensa, à medida em que novos fatos ocorriam.
Em 2 de dezembro, por exemplo, quando o então presidente da Câmara, deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu o pedido, ela chamou jornalistas ao Planalto, fez um pronunciamento, mas não respondeu a perguntas.
Em 18 de abril, um dia após o plenário da Casa aprovar a continuidade do processo e enviá-lo ao Senado, Dilma fez outro pronunciamento. Desta vez, a assessoria de Dilma sorteou cinco perguntas de jornalistas para serem respondidas pela presidente.
Em 12 de maio, horas após o Senado aprovar a admissibilidade do processo, o que resultou no afastamento dela, Dilma voltou a chamar a imprensa ao Planalto. Ela não respondeu perguntas, mas, ao deixar o palácio, fez um pronunciamento, ao lado de Lula e de aliados, aos apoiadores do governo que a esperavam do lado de fora e protestavam contra Michel Temer e Cunha.
Notificação
Conforme a Secretaria-Geral da Mesa do Senado, se o Senado aprovar o impeachment, Dilma e Temer serão notificados sobre a decisão do plenário.
Uma sessão conjunta do Congresso, formada por deputados e senadores, então, será convocada para Temer ser diplomado presidente da República. Dilma, por consequência, passará à condição de ex-presidente.
Segundo assessores de Dilma, o pronunciamento da presidente afastada nesta quarta não tem uma hora marcada porque não há previsão para a votação terminar. A expectativa entre senadores, entretanto, é que ainda pela manhã o resultado já será conhecido.
G1.com.br
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