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Dilma quer barrar pauta bomba

 Em reunião no Palácio do Planalto,  o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, mostrou números da economia do país que, segundo ele, tem sido fortemente afetada pela Operação Lava Jato.

Segundo o ministro, a cadeia de gás e petróleo e mais a de construção, que representam 15% do PIB do país, foram paralisadas com as investigações nas principais empreiteiras do país e isso provocou forte impacto na economia brasileira, que reflete num recuo de 1% no Produto Interno Bruto (PIB). A presidente Dilma Rousseff comentou esse forte impacto da Lava Jato na economia.

 

Convocado pela presidente para falar aos colegas sobre o ajuste fiscal, Barbosa mostrou a importância das medidas tomadas, o que ele chamou de “ajuste no ajuste”, com a redução da meta de superávit para 0,15% do PIB e disse que a cautela de empresas tem provocado ainda maior queda na arrecadação do país.

 

Segundo ele, revelando números da Receita Federal, apenas a desaceleração da economia não teria impacto tão forte da arrecadação do país. Mas, segundo afirmou, junto com a desaceleração, muitas empresas têm tomado a decisão de não recolher regularmente os impostos para não se descapitalizarem.

 

Segundo a Receita, a decisão de não pagar regulamente os impostos é tomada unilateralmente pelas empresas que podem, depois, parcelar os tributos e voltar à adimplência. Assim, não precisam recorrer a bancos em caso de necessidade, em especial neste período de juros tão altos. Um dos desafios do governo é reverter o pessimismo que, segundo o ministro, tomou conta especialmente das empresas que acabaram por suspender os investimentos.

 

Depois da apresentação do ministro do Planejamento, a presidente Dilma falou da necessidade de os partidos aliados barrarem as chamadas “pautas-bomba”, a fim de evitar mais gastos para o governo. A preocupação dela é criar as condições para a retomada do crescimento da economia e, para isso, precisa dos aliados no Congresso.

 

"O governo deve estar preparado para as ações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele vai querer polarizar com o governo, mas não devemos entrar nesse jogo", disse um ministro depois da reunião.

 

Segundo ele, o governo deve estar preparado para reagir a essas iniciativas e contar, também, com a ajuda dos governadores.

 

Um exemplo citado na reunião foi o do aumento do Judiciário: se provoca impacto nas contas federais, isso iria também ter reflexo para os governadores, pois o reajuste provocaria aumentos em cascata também nos Estados.

 

A presidente vai se reunir com os governadores na próxima quinta-feira para discutir parcerias com os Estados. É mais uma iniciativa a fim de reunir mais apoios políticos para a travessia deste período de dificuldades econômicas e de enfrentamento por parte do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

 

G1

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