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Deputado Sargento Neto cita fake news sobre vagas de Medicina para o MST em PE e é corrigido por colega: “É falso”; ENTENDA

Foto: Reprodução/ Instagram @sargentoneto

Um episódio envolvendo desinformação marcou a sessão desta quarta-feira (1º) na Assembleia Legislativa da Paraíba. O deputado estadual Sargento Neto utilizou a tribuna para criticar uma suposta política do governo federal que, segundo ele, reservaria 80 vagas no curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) exclusivamente para integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A informação, no entanto, é falsa.

“Infelizmente, é deixar muitos que poderiam concorrer a uma das vagas de fora, porque não vai ter Enem, não tem Sisu para esse pessoal. Basta ser MST, basta invadir terra, que você terá uma das 80 vagas no curso de Medicina lá na cidade de Caruaru”, afirmou Sargento Neto, em discurso que gerou reação imediata no plenário.

O deputado Júnior Araújo pediu questão de ordem e contestou a fala do colega.

“Achei realmente estranho a informação que ele trouxe. Enquanto Vossa Excelência falava, fui buscar em vários sites, inclusive no site oficial do MST, e é falso. É falso que a UFPE abriu vagas exclusivas para o MST”, esclareceu.

A origem da fake news remonta a um vídeo que circula nas redes sociais, especialmente no Instagram, alegando que o governo federal estaria “entregando a medicina de bandeja” para filiados ao MST, sem necessidade de processo seletivo. A informação foi desmentida por checagens jornalísticas e por nota oficial da UFPE.

Segundo a universidade, as vagas fazem parte de uma turma extra criada em parceria com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), voltado para moradores de assentamentos reconhecidos pelo Incra. O processo seletivo inclui prova de redação e avaliação do histórico escolar, com critérios claros e transparentes. As vagas não são exclusivas para o MST e não interferem nas vagas regulares oferecidas via Sisu.

O Incra também já havia se manifestado, reforçando que o Pronera é uma política pública consolidada desde 1998, voltada à democratização do acesso à educação superior para populações rurais e quilombolas. Mais de 192 mil estudantes já foram contemplados em cursos realizados por instituições como a UFPE, Unifesp e UFMT.

PB Agora

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