Deputado discorda dos critérios adotados por ONGs para fazer diagnóstico da atuação

 O deputado João Gonçalves (PSDB) discorda dos critérios e do modo como
algumas ONGs e entidades vêm realizando pesquisas para saber do rendimento
dos parlamentares nos estados. Ele defende que esse trabalho de coleta de
informações e dados sobre atuação dos deputados seja feito in loco nas
assembléias legislativas para que não ocorra injustiça nem erro no momento
da divulgação da pesquisa ou enquete.

Segundo ele, uma pesquisa para apontar quem tem o maior e melhor rendimento
e produção nas casas legislativas não pode ser feita apenas por meio da
internet, portais institucionais ou matérias públicas. “É um trabalho de
coleta de informações muito mais amplo e completo que tem que ser realizado
in loco. Essas organizações ou entidades deveriam enviar repórteres e
pessoas qualificadas para fazer essas apurações nas assembléias e não fazer
uma pesquisa apenas superficial”, acrescenta.

João Gonçalves também não concorda com a tese de que as concessões de
títulos e medalhas propostas pelos parlamentares sejam matérias
irrelevantes, como considera essas ONGs e instituições, espalhadas pelo
país, que fazem pesquisas. “A realidade daqui, por exemplo, é completamente
diferente de estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Eu posso muito bem
propor uma concessão de título a alguma personalidade aqui, que interesse,
exclusivamente, a Paraíba e não repercuta nem interesse aos outros
estados”, explica.

O tucano lembra, inclusive, de uma propositura de concessão de título de
cidadão paraibano que concedeu a uma pessoa importante da AMBEV, instalada
em Cabedelo, e que, devido a esta iniciativa, mudou a intenção de
representantes da empresa de transferi-la do município paraibano para uma
cidade do Rio Grande do Norte. “Então, o que pode ser fundamental para a
Paraíba, com relação a uma concessão de honraria, pode não ter nenhuma
valia em outro estado”, finaliza.

Ascom