A Secretaria Especial de Editoração e Publicações, conhecida como “gráfica do Senado”, gasta R$ 30 milhões anuais com publicações que incluem material autopromocional dos senadores. Esse valor compraria 5 milhões de livros didáticos.
Há obras em que os parlamentares falam da infância, do trabalho por “causas sociais” e de aparições na TV. Cada senador tem uma cota anual de R$ 8.500 para usar os serviços da gráfica. Mas, na prática, conseguem serviços que custariam muito mais no setor privado.
ACM Júnior (DEM-BA), por exemplo, usou a gráfica para publicar o livro “ACM: Uma História de Amor à Bahia e ao Brasil”, 414 páginas em homenagem a seu pai, o senador Antonio Carlos Magalhães, morto em 2007. Numa gráfica privada, 10 mil exemplares da obra, em papel couchet, brilhante, sairia por R$ 26.700, segundo pesquisa feita pela Folha no mercado.
Outro lado
A assessoria de comunicação do Senado informou que a responsabilidade pelo que é impresso é de cada gabinete. Resolução do Senado proíbe a impressão de material de campanha e que não tenha relação com o mandato.
Folha Online
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