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DEM e PSDB disputam para ficar com a presidência da CPI da Petrobras

A oposição deve indicar o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) para a presidência da CPI da Petrobras do Senado. Embora o PSDB oficialmente mantenha a disposição de indicar um tucano para o cargo, nos bastidores os partidos de oposição negociam um acordo para emplacar um nome que tenha bom trânsito entre os governistas.

Com perfil moderado, ACM Junior é visto na oposição como um parlamentar que pode ter o nome aprovado entre os governistas para estar no comando da CPI. Por esse motivo, o DEM busca o apoio do PSDB para indicar o senador para a presidência da comissão parlamentar de inquérito.

O PSDB, por sua vez, defende o nome do senador Álvaro Dias (PR) para presidir a CPI –uma vez que o tucano foi responsável por reunir as assinaturas necessárias para a criação da comissão no Senado. Além disso, os tucanos argumentam que o DEM ocupou os dois últimos postos de comando em CPIs no Senado, com Heráclito Fortes (DEM-PI) na presidência da CPI das ONGs e Demóstenes Torres (DEM-GO) na relatoria da CPI da Pedofilia. Os dois partidos prometem chegar em um acordo para escolher o indicado à presidência da CPI.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que os democratas vão apoiar o nome de um tucano para a presidência da CPI desde que o PSDB abra mão de uma das vagas de titulares na comissão. Por outro lado, o líder afirma que o DEM aceita ceder duas das três vagas de titulares na comissão para o PSDB caso os tucanos apoiem ACM Junior para presidir os trabalhos da CPI.

Além de Dias e ACM Junior, a oposição vai indicar os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Heráclito Fortes para as vagas a que o PSDB e o DEM têm direito na comissão. Caso o DEM fique com as duas vagas de titulares, o senador Demóstenes Torres pode ser indicado para a terceira cadeira.

Governistas

Ao contrário da oposição, os governistas ainda não definiram o nome dos senadores que vão integrar a CPI da Petrobras. A disposição dentro da base aliada do governo é escalar parlamentares afinados com o Palácio do Planalto para evitar danos à imagem da estatal em meio à crise econômica. O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), deve ser um dos indicados pelo partido para integrar a comissão.

O PT vai ficar com duas das três vagas de titulares da base aliada na comissão, além de uma vaga de suplente. No total, a base aliada tem oito das 11 vagas de titulares na CPI, contra apenas três destinadas à oposição. A divisão das vagas é resultado do tamanho das bancadas partidárias no Senado.

“A bancada pediu para eu construir um acordo com os partidos da base. Mas ainda não há definição para a presidência e a relatoria”, afirmou. Os governistas trabalham, nos bastidores, para ficar com os dois cargos de comando da comissão –embora a oposição reivindique que a presidência e a relatoria sejam divididas com o DEM e o PSDB, como ocorre tradicionalmente na Casa.

Folha

 

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