De fora mais uma vez

Os jornalistas que acompanham diariamente o Congresso Nacional são, em primeiro plano, os brasileiros que mais tem autoridade para avaliar o desempenho dos nossos parlamentares.

É de se lamentar, portanto, que por quatro anos parlamentares paraibanos tenham ficado de fora da lista selecionada pelos jornalistas dos melhores congressistas do país. É como se a bancada federal paraibana não existisse no Congresso.

A lista faz parte da premiação oferecida anualmente pelo Congresso em Foco, site nacional especializado na cobertura do Senado Federal e da Câmara Federal. Para selecionar os parlamentares, os jornalistas tomam como base alguns itens.

Entre eles, a atuação parlamentar na participação de debates, articulações políticas e, especialmente, apresentação de projetos e iniciativas legislativas. Levam em conta também a idoneidade e a assiduidade em sessões, especialmente deliberativas.

Numa bancada de 15 parlamentares – doze deputados federais e três senadores – a Paraíba nunca conseguiu emplacar um nome sequer na lista dos que concorrem ao prêmio.

E não há de se falar em discriminação pelo fato de ser uma bancada de nordestinos ou pelo tamanho da Paraíba. O pau que mais tem na lista dos premiados é gente do Nordeste, que o digam Heloísa Helena (AL), Maurício Rands (PE), Jarbas Vasconcelos PE), José Agripino (RN), José Carlos Aleluia (BA).

Claro que não se pode falar em apatia geral da bancada federal paraibana. Percebe-se até um certo esforço individual e iniciativas legislativas reconhecidas nacionalmente como a do deputado federal Efraim Filho (DEM), destaque na revista Isto É por ser autor de lei que permite aos congressos e eventos de caráter científico e acadêmico a também serem beneficiados pela aplicação da Lei Rouanet.
 

Mas isso ainda não é suficiente para colocá-los na linha de frente dos cabeças do Congresso, como já mostrava pesquisa do Diap, que mede a influência dos parlamentares em Brasília.

Parece que nossos parlamentares tem certa preguiça em mergulhar de cabeça nos afazeres do Congresso, mais ligados que estão nos moídos políticos do Estado. Ou então se fazem não o divulgam maciçamente.

Por exemplo: o deputado Vital do Rego Filho (PMDB) é relator geral de comissão que investiga no Brasil a segurança da urna eletrônica. O senador Cícero Lucena (PSDB) é presidente da Comissão Mista de Transposição das Águas do Rio São Francisco e o deputado Wellington Roberto (PR) foi relator geral da Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO de 2010.

Instrumentos suficientes para fazer dos parlamentares paraibanos figuras capazes de receberem o voto dos jornalistas que acompanham o Congresso Nacionalmente.

Desde que usados com dedicação. Aquela que todos prometem quando pedem votos durante a campanha eleitoral.

Diferenças…

Foi de causar espanto a rapidez com que a pensão da viúva do desembargador Geraldo Ferreira Leite, sepultado há menos de uma semana, saiu publicada no Diário Oficial do Estado.

Em quatro dias, a portaria 530, assinada pelo presidente da PB Prev, João Bosco, estava sendo publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (30).

Geralmente, a burocracia faz demorar meses em outros casos. Quem sabe Maria Carmésia Maranhão Targino Leite, viúva do desembargador e, por acaso, irmã do governador Maranhão, fosse um caso diferente.

Tucano socialista

Ex-prefeito de Pocinhos, Adriano Galdino é um daqueles líderes considerado o xodó do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) na região. Talvez tenha sido por isso que ele se filou feliz da vida no PSB, sob as bênçãos do prefeito Ricardo Coutinho.
 

Nota zero

Foi num recente congresso em São Paulo que o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Suplicy Neto, abriu palestra apresentando o conjuto Gervásio Maia, em João Pessoa, como péssimo exemplo da arquitetura. Pegou pesado.