Categorias: Política

Coragem para não revidar: o Brasil diante da armadilha de Trump

PUBLICIDADE

Em “42 – A História de uma Lenda”, a frase que define o espírito de Jackie Robinson — “coragem para não revidar” — carrega uma lição que vai além do beisebol ou das lutas raciais americanas. É uma lição de estratégia e de humanidade que também serve como bússola para a diplomacia brasileira, especialmente num momento em que os Estados Unidos, sob a sombra do trumpismo, voltam a acenar com provocações.

Com declarações hostis, sanções veladas e uma retórica marcada pela xenofobia e pelo desprezo a países do Sul Global, Trump continua influenciando parte da política externa norte-americana com um viés agressivo, nacionalista e excludente. Recentemente, as tensões comerciais e críticas públicas contra o Brasil mostram que há uma tentativa clara de empurrar o país para o embate, para o revide. Uma armadilha.

É nesse cenário que a coragem de não revidar se torna ato de força, e não de fraqueza.

Assim como Jackie Robinson se recusou a cair na armadilha do ódio, respondendo insultos com dignidade, o governo brasileiro precisa manter firme sua estratégia de diplomacia, sem se render à tentação de responder na mesma moeda. Isso não significa passividade — significa inteligência. Significa não permitir que a agenda internacional brasileira seja moldada pela provocação alheia.

Enquanto setores trumpistas soltam fogos e ensaiam discursos beligerantes, o Brasil deve agir com empatia e maturidade. A empatia de quem reconhece a interdependência global, o respeito entre os povos, e o compromisso com a paz. E a maturidade de quem sabe que retaliação, nesse caso, serve apenas para alimentar a escalada de tensão.

A coragem do Brasil, agora, é a de manter-se na linha do diálogo, da diplomacia multilateral, dos interesses comuns e do respeito às diferenças — ainda que isso contrarie os que pregam o isolacionismo e a arrogância como métodos de negociação.

Enquanto Trump, em sua retórica, simboliza o impulso do revide e do preconceito, o Brasil tem a oportunidade de simbolizar o oposto: a diplomacia como força, a resistência pacífica como estratégia, e a empatia como legado.

E para quem ainda não assistiu ao filme “42 – A História de uma Lenda”, fica a recomendação. A história de Jackie Robinson não é apenas sobre beisebol — é sobre resistência, dignidade e escolhas difíceis feitas com coragem. Em tempos de provocações e discursos inflamados, o exemplo de Robinson mostra que é possível vencer sem gritar, responder sem ofender e, acima de tudo, transformar o mundo sem se perder nele.

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Condenado pelo STF, ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso no Paraguai

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso no Paraguai, nesta sexta-feira…

26 de dezembro de 2025

Série D 2026 inclui Treze, Sousa e Serra Branca entre os clubes confirmados

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou mudanças importantes para a Série D do Campeonato…

26 de dezembro de 2025

Lula quer expulsão de servidor que agrediu mulher e criança no DF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou, nesta quinta-feira (25), a abertura de processo…

26 de dezembro de 2025

Zezinho Botafogo toma posse no mandato e CMJP passa a ter três vereadores do PSB

O ex-secretário de Esportes de João Pessoa, Zezinho Botafogo (PSB), tomou posse nesta sexta-feira (26)…

26 de dezembro de 2025

João Pessoa se destaca entre as capitais mais avançadas em saneamento básico no Brasil, aponta ranking ABES

João Pessoa aparece entre as capitais brasileiras com melhor desempenho no saneamento básico, segundo o…

26 de dezembro de 2025

Retrospectiva da Câmara Federal 2025 destaca relatoria de Ruy em avanço histórico para a causa animal

A Câmara dos Deputados encerrou 2025 destacando um dos avanços mais relevantes do ano na…

26 de dezembro de 2025