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Confira o resultado de pesquisa para eleições presidenciais

 Pesquisa Datafolha realizada nesta sexta (11) mostra que a presidente Dilma Rousseff seria reeleita no primeiro turno se disputasse a eleição contra os dois candidatos mais prováveis do PSDB e do PSB, o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos.

Nessa simulação, Dilma tem 42% das intenções de voto; Aécio, 21%; Campos,15%. Brancos, nulos ou nenhum somam 16%. Outros 7% não sabem em quem votar.

O instituto testou quatro cenários para a eleição presidencial de 2014, alternando os nomes de Campos e Marina Silva, pelo PSB, e os de Aécio e José Serra, pelo PSDB.

Nas outras três combinações, Dilma não teria uma quantidade suficiente de votos para garantir vitória no primeiro turno.

No simulação em que a disputa aparece mais apertada, a petista alcança 37% das intenções de voto, Marina marca 28%, Serra alcança 20%.

Trata-se, porém, justamente do cenário mais improvável da eleição, já que os principais líderes do PSB e do PSDB trabalham pelas candidaturas de seus presidentes nacionais, Campos e Aécio.

Nesta rodada, o Datafolha fez 2.517 entrevistas em 154 municípios, o que resulta numa margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos.

As simulações do atual levantamento não podem ser diretamente comparadas com as de pesquisas anteriores do instituto porque não há coincidência de cenários.

No quadro que era tido como o mais provável da pesquisa anterior, no início de agosto, Dilma tinha 35%; Marina marcava 26%; Aécio alcançava 13%; Campos, 8%.

Após o fracasso da criação da Rede dentro do prazo legal para concorrer em 2014, Marina filiou-se ao PSB. Com isso, não há mais como ela e Eduardo Campos disputarem o mesmo cargo.

Os números de ontem sugerem que o espólio eleitoral de Marina foi dividido de forma quase idêntica entre Dilma, Aécio e Campos. A petista teria herdado 7 pontos; o tucano, 8; o socialista agora apoiado por Marina, 7.

O levantamento de ontem também confirma que Marina seria a adversária mais competitiva da presidente Dilma Rousseff em 2014. Ela atinge 29% em seu melhor cenário, quase o dobro da melhor situação de Campos.

Dilma vence em todas as simulações de segundo turno. Contra Marina, ganha por 47% a 41%. Contra Serra, por 51% a 33%. Contra Aécio, 54% a 31%. Contra Campos, 54% a 28%.

Chapa Dilma-Temer perde no Sudeste para Marina-Eduardo

pesquisa Datafolha mostra fragilidades de todos os candidatos

petista é hoje a favorita, mas apresenta alguns pontos fracos

A notícia principal na pesquisa Datafolha realizada na sexta-feira (11.out.2013) é que Dilma Rousseff (PT) seria reeleita hoje no primeiro turno se os candidatos fossem apenas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

A petista teria 42% contra 21% do tucano Aécio e 15% do socialista Eduardo. Ou seja, 42% X 36%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, a fatura estaria liquidada e Dilma passaria mais 4 anos no Palácio do Planalto.

Mas há outros aspectos que devem ser considerados numa análise neste momento, quando ainda falta 1 ano para a eleição. O levantamento do Datafolha mostra fragilidades presentes em todas as pré-candidaturas consideradas.

Um dos aspectos mais relevantes trata de uma simulação qualificada de um eventual segundo turno. O Datafolha indagou aos eleitores em quem votariam se a disputa final ficasse entre as chapas de Dilma Rousseff (PT) + Michel Temer (PMDB) contra Marina Silva + Eduardo Campos (PSB). Nesse caso, o resultado muda de figura. A petista fica em situação de empate técnico no país (44% X 42%) e perde no Sudeste (40% X 44%).

Uma má notícia para Eduardo Campos é que quando ele é o candidato a presidente (e Marina Silva ocupa a vaga de vice), a vitória da dupla Dilma-Temer seria certa se a eleição fosse hoje: 46% X 37%.

Mas há aí também um sinal de alerta para Dilma Rousseff. Mesmo com Eduardo Campos sendo o cabeça de chapa, a petista passa um aperto no Sudeste. Ela e Temer ficariam com 41% contra 40% da dupla Eduardo-Marina. Ou seja, empate técnico.

Os cenários de segundo turno são bem diferentes quando o Datafolha apresenta apenas o nome de Dilma e o de um possível adversário (situação que não existe na vida real, pois a urna eletrônica traz sempre os nomes e as fotos dos candidatos a presidente e a vice, juntos).

O confronto “seco” entre Dilma X Marina fica em 46% X 41% (e não os 44% X 42% do cenário qualificado, quando são informados os nomes dos candidatos a vice-presidente, quando a diferença cai para dois pontos percentuais).

No caso do embate “seco” Dilma X Eduardo Campos, esse eventual segundo turno é amplamente favorável à petista: 55% X 23%, uma diferença de 32 pontos. Mas o abismo se reduz a meros 9 pontos (como mostra o quadro acima) quando Eduardo é apresentado tendo Marina Silva como candidata a vice-presidente.

O que isso quer dizer? Que quando os eleitores são informados da situação que pode existir de fato, com a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva, um pode realmente ajudar o outro, pois eles se transferem votos mutuamente.

Essas 4 simulações de primeiro turno mostram o seguinte, pelo menos:

 

muitos indecisos: um percentual alto de eleitores ainda diz preferir votar em branco, nulo ou nenhum (variando de 15% a 23%).Boa parte dessa turma indecisa tende a se dispersar entre todos os candidatos, na mesma proporção dos votos que cada um já tem. Só que essa regra de dispersão tende a ser incerta quando o percentual dos indecisos é maior: justamente quando os adversários de Dilma são Aécio e Eduardo Campos;

Dilma vence no 1º turno só com os menos conhecidos: o cenário mais suave para a presidente petista é quando a disputa se dá contra Aécio Neves e Eduardo Campos, os candidatos hoje com menos projeção nacional. Eis a taxa de conhecimento de cada um dos pré-candidatos:

Dilma Rousseff : 99%
José Serra: 97%

Marina Silva: 88%

Aécio Neves: 78%

Eduardo Campos: 57%O que esses percentuais significam? Que os menos conhecidos são os que têm mais chances de ainda conquistar novos eleitores –desde que, é claro, ao terem suas imagens mais divulgadas consigam cativar os brasileiros ainda indecisos.Chama a atenção o fato de que no caso de Eduardo Campos, meros 8% dos eleitores dizem conhecê-lo muito bem –contra 56% de Dilma, 23% de Marina, 40% de Serra e 17% de Aécio;

Candidatos mais estáveis são os do PSB: Eduardo Campos tem 15% nas duas simulações em que é testado na pesquisa estimulada. Marina Silva oscila na margem de erro, com 28% e 29%. Os dois dão a impressão de terem votos mais cristalizados, pois ficam com seus eleitores independentemente de quem sejam os adversários.O mesmo não ocorre com Dilma Rousseff, cujo percentual de intenção de votos varia de 37% a 42%. Aécio Neves vai de 17% a 21%. E José Serra de 20% a 25%.

Outro dado relevante é a intenção de voto espontânea, quando o entrevistado é apenas indagado sobre em quem pretende votar, mas sem ver a cartela com os nomes dos possíveis candidatos.

 

Rejeição

 

Chama a atenção a taxa alta de José Serra, com 36%. É um pré-candidato que já na saída perderia o voto de quase 4 entre 10 eleitores. Ou seja, sua competitividade é baixa.

Dilma (27% de rejeição), Eduardo (25%) e Aécio ( 24%) são repelidos por cerca de um terço dos eleitores cada um.

Nesse caso, o mais intrigante é a situação de Eduardo Campos: apesar de ser pouco conhecido, já é rejeitado por 25% dos eleitores.

A propósito, Eduardo Campos e Marina terão de gastar ainda muita sola de sapato para informar aos eleitores sobre a aliança que selaram há poucos dias. Até porque os brasileiros parecem desinteressados pelo assunto: só 14% dizem ter assistido, ainda que em parte, o programa partidário do PSB na TV da última 5ª feira, quando Eduardo e Marina se apresentaram juntos ao país.

 

Tudo considerado, a pesquisa Datafolha mostra fragilidades ainda presentes em todas as candidaturas. Se a disputa presidencial fosse hoje, Dilma Rousseff venceria até no primeiro turno só em um dos cenários (contra os menos conhecidos no momento).

Como a eleição é só em 5 de outubro de 2014, o desfecho ainda continua totalmente imprevisível.

 

Folha com UOL

 

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