Cientista político avalia que período curto de campanha afastará eleitor do processo

Com 48 dias para realizarem uma campanha eleitoral nos 223 municípios paraibanos, os candidatos ao Governo do Estado traçaram suas rotas para conseguirem alcançar o maior número de eleitores. Para os postulantes ao Palácio da Redenção, a estratégia utilizada será a de ocupar as cidades que polarizam regiões da Paraíba a exemplo de Campina Grande, Guarabira, Patos, Sousa, Cajazeiras, Monteiro e Princesa Isabel.  Outro recurso utilizado por alguns, os mais capitalizados, será o avião.

Ao ocuparem as grandes cidades com a realização de carreatas e comícios, os candidatos acreditam que conseguirão influenciar e atrair os eleitores dos municípios próximos. Com as carreatas, os postulantes chegam a percorrer até dez cidades por dia, mesmo que seja apenas de passagem.

Para o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista político Lúcio Flávio Vasconcelos, o processo eleitoral deste ano será o mais curto, desde a redemocratização do Brasil. Ele acredita que alguns dos candidatos não terão tempo suficiente para visitar nem mesmo as cidades pólos do Estado, o que afastará mais ainda os eleitores do processo eleitoral. “Essa ausência será sentida principalmente pelo eleitorado acima de 40 anos, que não tem o hábito de acompanhar as redes sociais”, destacou o professor.

Lúcio Flávio acredita ainda que os candidatos que dispõem de mais recursos, inclusive lançando mão de avião e helicóptero, terão mais vantagens do que os outros. “A campanha em curto prazo favorece enormemente aqueles candidatos que já detém mandato e, consequentemente, são muito mais conhecidos”, afirmou.

Redação

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