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Chefes de Estado se reúnem na Venezuela para funeral de Chávez

 Ao menos 20 chefes de Estado são esperados para acompanhar o funeral de Estado de Hugo Chávez , que ocorrerá nesta sexta-feira (8), às 11 horas locais (12h30 de Brasília), quando se realiza a transferência do corpo para o quartel-museu, que fica perto do Palácio Presidencial de Miraflores, onde Chávez governou o país por 14 anos .

Chávez morreu na terça-feira, aos 58 anos, após uma batalha de quase dois anos contra o câncer , deixando devastados milhões de partidários, na maioria pobres, que o amavam por ter colocado a riqueza do petróleo a seu serviço, mas dando esperança aos opositores que o acusavam de ser um ditador.

 

A presidente Dilma Rousseff , que compareceu na noite de ontem ao velório de Chávez, adiantou seu retorno à Brasília e viajou durante a madrugada desta sexta-feira, não participando do funeral. Ela estava acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Estão em Caracas o presidente equatoriano, Rafael Correa, e o líder cubano, Raúl Castro. "Mais importante, ele saiu invicto", disse Raúl, referindo-se às quatro vitórias de Chávez em eleições presidenciais , entre uma série de outras vitórias eleitorais. "Ele era invencível. Ele saiu vitorioso e ninguém pode tirar isso. Ele está na história."

 

A presidente argentina, Cristina Kirchner, amiga de Chávez, foi uma das primeiras autoridades a desembarcar em Caracas após a morte. Assim como Dilma, ela retornou a Buenos Aires na quinta-feira e não participará do funeral desta sexta, de acordo com a mídia local. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, é esperado para a cerimônia, assim como uma delegação dos Estados Unidos.

 

Multidões de "chavistas", muitos carregando sua imagem ou vestindo camisetas com a imagem de seus olhos, tomaram as praças em torno da Academia Militar para onde o caixão do presidente foi levado depois de um cortejo pelas ruas .

 

"Mil agradecimentos pelas homenagens póstumas a um homem que lutou pela paz mundial, pela unidade da América Latina e do Caribe, e pela democratização das instituições globais", disse o chanceler Elías Jaua. "A demonstração de amor ao presidente tem sido incrível."

 

O corpo de Chávez será embalsamado e mostrado "para a eternidade" em um museu militar – semelhante à forma como os líderes comunista Lenin , Stalin e Mao foram tratados após suas mortes. Ele será velado por mais sete dias para acomodar os milhões de venezuelanos que ainda querem prestar as últimas homenagens a um homem que será lembrado como um dos líderes populistas mais controversos do mundo.

 

"Todas essas medidas estão sendo tomadas para que o povo possa estar com seu líder para sempre", disse o sucessor indicado por Chávez e presidente em exercício, Nicolás Maduro . Mais de 2 milhões já visitaram o caixão de Chávez por trás de uma corda vermelha em uma grandiosa academia militar, muitas chorando e outras saudando o corpo do presidente.

 

Maduro presidente interino

A Assembleia Nacional venezuelana anunciou na noite de quinta-feira (7), que Maduro será juramentado, nesta sexta (8) como presidente encarregado. A cerimônia está prevista para as 19h (20h30, no horário de Brasília).

 

O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, explicou que as medidas necessárias estão sendo tomadas para cumprir o conteúdo constitucional. “A Constituição indica que se deve juramentar o vice-presidente Nicolás Maduro como presidente encarregado e, depois, ele pode convocar novas eleições presidenciais”, detalhou Cabello.

 

Algumas interpretações da Constituição definiam, que a função interina caberia ao presidente da Assembleia e não ao vice-presidente, no caso de falta absoluta do presidente eleito. As eleições presidenciais devem ser anunciadas em 30 dias, após a convocação de Maduro.

 

Cabello argumentou que a decisão foi tomada em conjunto com sua equipe de trabalho para dar continuidade ao mandato e ao desejo do chefe de Estado, Hugo Chávez. “Não pensávamos que teríamos uma falta absoluta, mas temos que fazer cumprir a lei”, disse o presidente da Assembleia.

 

 

IG Com Reuters

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