A Paraíba o tempo todo  |
PUBLICIDADE

Centrais sindicais criticam a reforma da Previdência

 Centrais sindicais divulgaram nota nesta terça-feira (6) criticando a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo nesta manhã.

Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos

 

“A apresentação foi muito rápida, sem margem para discussão, numa postura intransigente na base do ‘coma assim ou passe fome’”, criticou em nota Carlos Ortiz, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos.

 

Ele afirma que o sindicato “compreende a necessidade de ajustes no sistema previdenciário”, mas ressalva que “ajustar não pode significar sucatear, suprimir ou tornar quase inacessível”.

 

“Um dos argumentos do governo para a idade mínima de 65 anos é de que na Europa os países já estão caminhando nesse sentido. O grande problema é que em outros países, desenvolvidos, as pessoas contam com serviços e amparos do Estado, que os brasileiros não contam por aqui. É bem verdade que o brasileiro está vivendo mais, porém, viver mais não é sinônimo de viver bem.”

 

“É bem verdade que o brasileiro está vivendo mais, porém, viver mais não é sinônimo de viver bem”

 

Ortiz diz ainda que a regra da idade mínima de 65 anos para se aposentar prejudica as pessoas mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo e, “consequentemente, contribuirão mais tempo”.

 

“Aposentadorias a partir de 65 anos para homens e mulheres também necessitam de amplo debate para compreender situações de trabalhadores de setores pesados como a construção civil, operários de linha de produção, entre outras profissões que exigem vigor físico”.

 

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura

 

Após participar, na segunda-feira (5), de reunião com o governo federal e outras centrais sindicais, a Contag divulgou nota contestando a “necessidade de realizar a reforma da Previdência sob a velha lógica da sustentabilidade”.

 

“Nós defendemos a lógica da Seguridade Social, que não é deficitária. Nós e as centrais sindicais fizemos fortes questionamentos quanto à proposta. Saímos da reunião muito preocupados, pois o nosso sentimento é que os trabalhadores e trabalhadoras rurais serão atingidos em cheio”, avaliou em nota o presidente da Contag, Alberto Broch.

 

Ele critica a proposta de igualar em 65 anos a aposentadoria por idade para homens e mulheres, urbanos e rurais. “Essa proposta já fere o direito dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que se aposentam aos 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens), até porque, no campo, começamos a trabalhar a partir dos 14 anos ou até antes.”

 

“Essa proposta fere o direito dos trabalhadores rurais porque, no campo, começamos a trabalhar a partir dos 14 anos ou até antes”

 

Broch também questiona que trabalhadores rurais tenham que contribuir com o INSS. “Muitos não terão condições de contribuir e ficarão fora do regime geral da Previdência Social.”

 

G1

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe