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Cassação: a saga continua

O gabinete de Arnaldo Versiani informou, nesta terça-feira, que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral apresentará seu voto-vista sobre o processo de cassação do governador Cássio Cunha Lima no próximo dia 17. É o primeiro horizonte concreto, este ano, sobre uma questão que é sempre alvo de muitas especulações e de muitas “teses” de inúmeros “experts” em legislação eleitoral.

Um fato, sem dúvidas, que também marca essa etapa de um processo que vem corroendo os nervos de milhares de pessoas no Estado – sejam as diretamente envolvidas no assunto, sejam os paraibanos comuns que temem pelas conseqüências de uma mudança brusca no comando do Estado – é a postura pró-ativa do governador Cássio Cunha Lima, publicamente e nos bastidores.

No limiar de um desfecho trágico no TSE, no final do ano passado, para um mandato arduamente conquistado nas ruas, o governador paraibano assumiu de vez a liderança do próprio processo de defesa. Fez bem. Até então, a equipe de advogados contratada – descontando-se o esforço e talento de alguns – demonstrou limitada capacidade de convencer os ministros e parte da opinião pública nacional sobre obviedades flagrantes nos autos.

Questões essenciais, como as que foram levantadas pelo presidente Carlos Ayres Brito, na sessão do dia 17 de dezembro último, com base em memorial apresentado pelo governador, tiveram o poder de mudar a trajetória do processo, resultando inclusive no pedido de vistas de Versiani. Ora, vamos combinar: esses mesmos pontos são exatamente os mesmos que sistematicamente, escandalosamente, insistem para ser levados em consideração, desde o primeiro dia em que os autos chegaram ao TRE da Paraíba, há praticamente dois anos.

Diante da ineficiência da defesa de fazer o dever de casa, Cássio resolveu ir à luta. Em duas frentes de batalha visíveis: passou a pessoalmente visitar os ministros da corte, no primeiro momento, respaldado de farta documentação, potentes argumentos e sua reconhecida capacidade de comunicação olho-no-olho. Procurou detonar as “verdades” criadas por um bem montado sistema de desinformação dos adversários políticos e, ao mesmo tempo, destacando o que é essencial em sua defesa: ele é simplesmente inocente das acusações porque simplesmente o que lhe é imputado não ocorreu.

A ofensiva pessoal do governador em sua saga para convencer as mentes superiores dos ministros que foram bombardeadas por informações desencontradas e que não encontraram contraponto, até então, para desmenti-las, foi um sucesso. O resultado é que sua cassação, hoje, no seio do TSE, já criou um ambiente favorável para a dúvida na decisão – um trunfo para quem quer provar sua inocência

Neste segundo momento, Cássio Cunha Lima está fazendo périplo, principalmente no eixo Brasília-São Paulo, junto aos grandes veículos de comunicação, com o mesmo fim: desmontar, uma a uma, as mentiras engendradas em torno de seu mandato e gestão à frente do Governo da Paraíba. Os resultados começam a aparecer também. Mais um ponto a seu favor.

Até o dia 17, ele deverá focar-se ainda mais nesse trabalho, numa tentativa de correr atrás do prejuízo.

Que vença a verdade.

 


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