Camila confirma reunião sobre fusão PSDB e Podemos, e adianta: “Não muda o cenário na Paraíba”

A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) confirmou, nesta terça-feira (27), que a direção nacional do PSDB convocou uma reunião decisiva nos dias 5 e 6 de junho, em Brasília, para discutir a fusão com o Podemos. O encontro deverá selar os rumos da unificação entre as duas legendas, que já atuam de forma alinhada no campo da oposição em vários estados, incluindo a Paraíba.

Em entrevista ao Correio Debate, da rádio Correio 98 FM, Camila afirmou que, independentemente do resultado da reunião, a fusão não deverá provocar mudanças significativas no cenário político paraibano.
“Estou tranquila, porque, diferente de outras situações, essa fusão com o Podemos não muda o cenário aqui na Paraíba. Estamos no mesmo campo político, na oposição ao governador João Azevêdo”, destacou.

Mesmo após a saída de Pedro Cunha Lima do PSDB rumo ao PSD, Camila reforçou que o grupo Cunha Lima segue próximo da legenda tucana no estado. O partido permanece sob a liderança do deputado licenciado Fábio Ramalho, mantendo sua base e articulação oposicionista.

Fusão em estágio avançado
A união entre PSDB e Podemos está prestes a ser oficializada e poderá gerar um novo partido, cujo nome ainda está em debate — com sugestões como “Juntos 20” ou “Moderados”. A expectativa é que a nova legenda seja homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2025, após as convenções nacionais marcadas para o próximo mês.

Com a fusão, a nova sigla poderá reunir 7 senadores e 28 deputados federais, ampliando sua relevância no Congresso Nacional e fortalecendo sua posição nas disputas eleitorais. Além da força política, o novo partido também ganhará maior acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV, dois ativos importantes para a formação de alianças e campanhas.

Camila reafirmou que acompanhará de perto as decisões, mas reiterou que a Paraíba seguirá com sua oposição organizada e coesa.
“Estamos unidos e comprometidos com um projeto alternativo para o estado, independentemente da fusão. A prioridade é seguir defendendo os interesses da população paraibana”, concluiu.

Redação