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Bolsonaro cita caso Marielle e questiona excesso de empenho da PF na era Moro

Carolina Antunes/PR

Em entrevista coletiva realizada no final da tarde desta sexta-feira (24), o presidente da República Jair Bolsonaro comentou a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, na manhã de hoje. Bolsonaro criticou o empenho da Polícia Federal sob a gestão de Moro no caso Marielle e alegou falta do mesmo empenho na tentativa de assassinato sofrida por ele. O presidente fez questão de ressaltar que o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, teria pedido sua demissão.

“Uma coisa é conhecer uma pessoa. Outra coisa é conviver com ela”, disse o presidente ao iniciar seu discurso. Bolsonaro iniciou sua fala lembrando que com a chegada de Moro ao Ministério da Justiça abriu mão de nomear pessoas para cargos chaves na pasta e deixou a escolha dos nomes por conta do então ministro. “Confiava no Sergio Moro”.

Jair disse que a Polícia Federal demonstrou mais empenho em identificar quem mandou matar Marielle do que quem ordenou lhe esfaquear, lembrando a tentativa de assassinato sofrida por ele.

Descontente com Valeixo na direção da instituição, Bolsonaro teria dito a Moro que desde janeiro o próprio diretor estaria tentando deixar a PF. “O ministro Sérgio Moro sabia disso”.

Ao sugerir a saída do então diretor, Bolsonaro teria dito a Moro que, de acordo com a lei, seria prerrogativa sua escolher o nome de comando para a PF. No entanto, segundo o presidente, Moro teria dito que aceitaria a saída do Valeixo, mas só em novembro, após sua indicação para o STF. “Se eu posso trocar um ministro, porque não posso, de acordo com a lei, trocar um diretor da Polícia Federal?”.

Sentindo-se traído, Bolsonaro acusou Moro de ter compromisso com sua própria biografia, mas não com o país. “Estou decepcionado com o seu comportamento”.

Bolsonaro rebateu as informações apresentadas por Moro durante coletiva na manhã desta sexta-feira e disse que jamais buscou interferir em investigações ou inquéritos da Polícia Federal, mas destacou a necessidade de, quando quiser, poder entrar em contato com superintendentes e diretores sem, obrigatoriamente, ter que passar pelo ministro.

“Não tenho mágoa do ministro Sérgio Moro, disse Bolsonaro e acrescentou que, caso Moro queira um cargo com independência , que seja candidato à presidência em 2022.

 

PB Agora

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