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Análise: o sonho da oposição é desfeito a cada dia com os gestos de bom relacionamento entre RC e João Azevêdo

A grande frustração de qualquer oponente é ver seus adversários, que não comungam uma mesma cartilha ideológica, política, ou administrativa, aliarem-se a fim de seguir uma mesma linha de raciocínio no decorrer do “teatro da guerra” em benefício do bem comum. Para ilustrar tal afirmação podemos colocar os chefes de governo dos Estados Unidos (Franklin D. Roosevelt) da então União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill).

Nota-se, por relatos históricos, que as três personagens eram, de forma extrema, antagônicos, pautando a visão de mundo de cada um de forma diferente. E aqui não vou concordar nem discordar do que fizeram em desfavor à humanidade e, sim, suas ações para conter a máquina de guerra Alemã, as loucuras de Adolf Hitler, as ambições do general japonês Hideki Tojo e a megalomania “romana” do italiano fascista Benito Mussolini. Tudo isso ao longo da Segunda Grande Guerra.

E seguindo a mesma lógica que coloquei essas figuras históricas no texto, em grau ameno posso citar que há, de fato, visões diferenciadas entre o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e o atual chefe do Executivo paraibano, João Azevêdo, também socialista. E isso é ótimo para a consolidação do processo democrático e a não paralisação do crescimento do Estado.

Cognominado como “o poste” nas eleições passadas, numa clara referência que seria uma marionete do ex-governador “girassol”, caso viesse a ocupar o Palácio da Redenção, João Azevêdo mostrou a todos ter luz própria. E o que corrobora para esse cenário político? Ricardo Coutinho, em entrevista ao jornalista Wellington Farias, especial para o PB Agora, observou que não participa da gestão do atual governador, cabendo a ele, quando se faz necessário, opinar politicamente na esfera da sigla partidária que ambos são filiados.

Disse o socialista durante a entrevista ao qualificado Farias: “Administrativamente, eu nunca fui consultado sobre absolutamente nada. Politicamente, sim, mas em algumas crises. Nas vezes em que fui demandado, tentei contribuir. Mas demandado sempre em crises, não em projeções nem programas”.

E em uma só fala Coutinho mostrou não ser gêmeo siamês de João Azevêdo. E nessa atmosfera que átomos passeiam em desabaladas carreiras, a política flui com o bom debate, enquanto a administração não sofre com paralisações. Não há interesse no descerramento das placas de inauguração para os dois gestores. E em tempos atuais, é válido citar o poeta Castro Alves: “A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor”. No mais, vive-se e viva a democracia!

Eliabe Castor
PB Agora

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