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Análise: o fenômeno Mikika e a possível renovação na Câmara Municipal de JP

A história é sábia. Quando algo não vem dando certo, passa-se dias, centenas de anos ou milênios, “milênios no ar”, como falou Chico Buarque na sua bela canção “Futuros Amantes”. E buscando uma correlação, digo, com a mais certeza, sendo aqui redundante, que a Câmera Municipal de João Pessoa (CMJP) passará por uma renovação, diria eu, quase histórica.

A minha base está fundamentada não só nas minhas próprias prospecções empíricas, mas em dados científicos, no caso em pauta, os coletados pelo Sistema Arapuan de Comunicação e o Instituto Consult, que divulgou, na tarde desta quarta-feira (21), a primeira pesquisa referente a disputa para vereador de João Pessoa nas Eleições 2020.

Dos 27 mais lembrados, 15 são ou já foram vereadores de mandato e 12 são novatos na disputa. O que chama a atenção são os números. Pai do deputado estadual Felipe Leitão (Avante), e vice-presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Mikika Leitão (MDB) lidera com boa folga o pleito. Em parte por seu próprio carisma, a outra, pela boa desenvoltura do próprio filho que, entre tantos projetos de lei emplacou, como exemplo, um que garante aos paraibanos o parcelamento em 12 meses dos valores de contas do serviço de distribuição de energia elétrica e de abastecimento de água e coleta de esgoto, cujos vencimentos estejam dentro do período de Estado de Calamidade Pública na Paraíba.

Vem de Felipe Leitão, ainda, a licença à maternidade que é concedida de imediato, a partir do momento da descoberta da gravidez pela servidora ou empregada pública. A lei estabelece ainda que o direito à licença maternidade automática alcança a todas as funcionárias que tenham qualquer tipo de vínculo com o Governo do Estado, seja efetivo, comissionado ou contratado, sendo prorrogado o benefício para as funcionárias que gozavam o direito à licença na data de 1º março de 2020.

É claro que todas essas benesses legítimas favorecem Mikika Leitão, que já foi deputado estadual e, em dobradinha com o filho, que foi vereador na Casa de Napoleão Laureano por duas vezes, seu nome é lembrado com bastante vigor.

Números falam por si só!

Em ano eleitoral, cujo cidadão ou cidadã está descrente com a chamada “classe política”, um dado chama a atenção de qualquer ser humano que vote e habite na Capital. Das 27 vagas no Parlamento Mirim pessoense, apenas 15 são ou já foram vereadores de mandato e 12 são novatos. Já falei isso no início do texto.

Contudo, indo para a perspectiva percentual, 44,4% dos postulantes são novatos e 55,5% exercem ou já exerceram um assento na CMJP. Em temos gerais, quase um empate, e isso conta muito, pois o eleitor de hoje não se contenta com dentaduras ou óculos de grau. Ele quer emprego, dignidade e estabilidade para si e sua respectiva família. No meu ponto de vista, ponto para o eleitorado.

Eliabe Castor 

PB Agora

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