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Análise: João encontra inspiração em Tom Jobim para aplacar fúria de RC

O governador João Azevêdo (sem partido) acertou, mesmo sem saber, o tom do “Samba de uma nota só”. Ele foi beneficiado pelas leis do acaso, quando “permitiu” que o mestre Jobim “explicasse” a situação política que se desenvolve na Paraíba.

Escreveu certa vez o gênio Tom Jobim: “Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada, ou quase nada. Já me utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada, não deu em nada”. Tradução perfeita para a Paraíba de hoje. Ou o leitor discorda?

Pois bem, mesmo havendo coincidência demasiada com a bela canção do maestro, principalmente no trecho da escrita que figura entre aspas, fato concreto é que Azevêdo quase “plagiou” Tom Jobim, na melhor acepção da palavra.

Disse o governador, em solenidade nesta segunda-feira, ser perda de tempo “rebater as picuinhas que estão vindo de lá”. Em síntese comparativa novamente entre João e Tom, é como se existisse gente que perambula por aí falando muito, cujo conteúdo é raso e desconexo, por isso não diz nada.

O chefe do Executivo paraibano, ai já retirando o maestro de “cena”, fez alusão ao ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que usou recentemente as redes sociais para informar que seu governo só terminaria por inteiro em 2020.

O socialista fez referências as obras iniciadas no seu governo e que serão concluídas na gestão de Azevêdo. Uma afirmação que não ultrapassa um “Samba de uma nota só”. Apenas uma cantilena de pura lamentação que nada beneficia a Paraíba e seu povo.

E nessa escala musical da política implementada por Ricardo Coutinho, fica evidente que sua postura será a mais beligerante possível no campo das oposições a João Azevêdo. Cabe ao governador manter a estabilidade emocional, fato que vem ocorrendo, a fim de centrar suas atenções para gerir o estado de forma assertiva.

A Ricardo Coutinho, gestor competente que implementou um modelo de gestão eficaz para a Paraíba, a hora é de reflexão. Observar acertos e erros enquanto esteve à frente do Palácio da Redenção para, em seguida, buscar o caminho da oposição propositiva, não a selvagem.

O povo espera essa postura republicana. Será que ela virá?

 

Eliabe Castor
PB Agora

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