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Análise: Cartaxo impõe constrangimento à gestão Cícero e via crucis a concurseiros

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A partir de janeiro de 2021 a gestão na prefeitura municipal de João Pessoa, Capital da Paraíba, será outra. Além de uma equipe nova, também haverá mudanças na logística do secretariado, com fusão de pastas, e enxugamento da máquina pública.

Mas, ainda assim, o atual prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), que deixa o cargo no próximo dia 31 de dezembro, lançou um edital de concurso com mais de 600 vagas faltando apenas 15 dias para encerrar o mandato. Isso tudo sem combinar com o novo prefeito que irá assumir, Cícero Lucena (PP).

Surpreendentemente, após oito longos anos no comando da Capital, Luciano tenta ser célere e apressar a demanda de trabalho que ficou encalhada durante o mandato. Até porque, não foi apenas o concurso público ‘a toque de caixa’ que o futuro ex-prefeito anunciou. Aliado a isso, também assinou uma ordem de serviço para reformar o Trauminha de Mangabeira, empenhou contratos e licitações, sem também combinar com a nova gestão.

Ao que parece, Cartaxo tenta impor o plano de governo que havia projetado para concunhada Edilma Freire (PV) de goela abaixo à gestão Cícero, sem respeitar a derrota de seu grupo nas urnas.

Para piorar, não impõe apenas o constrangimento a Cícero Lucena (PP), mas também a centenas de concurseiros de todo o país que irão desembolsar dinheiro para realizar a inscrição em um concurso em que não há certeza se será necessário ou até mesmo realizado.

Será mais uma via crucis para os guerreiros estudantes que se esforçam por uma vaga no serviço público, muitos com poucos recursos, e que poderão ter que buscar na justiça o valor da inscrição caso o certame seja mesmo barrado pela justiça.

A tal ‘eficiência’ de Cartaxo, só agora, não é boa vontade! Se assim fosse, ele não teria deixado retornar para os cofres do governo federal importantes recursos por falta de utilização.

E se Cícero tiver que anular esse edital, não será culpa dele. Sua gestão se inicia em janeiro de 2021 apenas, e ele só dará continuidade ao que foi executado pelo antecessor se ele e sua equipe julgarem viáveis.

Não estou dizendo que o concurso não é para ser realizado. É, deve! Mas, isso tem que partir do planejamento e da necessidade da nova gestão, e não para servir como portfólio de currículo político de ninguém.

 

Márcia Dias

PB Agora

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