O primeiro semestre de 2017 na Assembleia Legislativa da Paraíba foi pautado mais por divergências pontuais dos parlamentares, sobretudo as motivadas por decisões do Governo do Estado, do que pela produção legislativa. A avaliação é dos próprios deputados governistas e oposicionistas.
O líder da bancada de oposição, Tovar Correia Lima (PSDB), acusou integrantes da bancada do governo de atuar na Casa com o objetivo apenas de votar matérias do interesse do Executivo Estadual. “Aqui na Casa só que faz a defesa de verdade é um ou dois deputados. O restante fica calado até mesmo pelas benesses do Governo Estadual. Os projetos chegam de lá para cá apenas pelo interesse de se aprovar e ninguém da situação se interessa em saber do que trata”, disse o tucano.
O parlamentar também rebateu críticas do líder da bancada de situação, Hervázio Bezerra (PSB) de que a bancada é frágil. Ele alegou que a fragilidade ocorre pelo número pequeno de parlamentares que integram o grupo. “Esses seis primeiros meses foram marcados por embates, muitos patrocinados pelo próprio Governo do Estado. Nos chamam de frágeis, mas trouxemos à tona grandes discussões como a dos codificados, dos altos salários no serviço público, entre outras. Se nós fossemos maioria também diríamos que o Governo tem discurso frágil”, rebateu.
Hervázio Bezerra (PSB) justificou que a atuação em defesa do Governo Estadual é importante para o desenvolvimento da Paraíba, que de acordo com ele, consequentemente beneficia a população. “A oposição deveria reconhecer o trabalho que tem sido realizado pela nossa bancada no legislativo e trabalho em prol do povo paraibano”, destacou o socialista. Questionado sobre a alegação de que os governistas não têm ações próprias, o lider da situação ficou confuso e citou as ações da Casa para a retomada das obras de Transposição do Rio São Francisco como uma das grandes atividades. “Nesses últimos seis meses a grande ação foi a cobrança do governador trabalhando pela transposição. A atenção à obra tem sido o tema central da Assembleia Legislativa” disse Hervázio Bezerra.
Redação