Na mira dos “dedo-duro” Os deputados aliados do governo que votaram favoráveis a continuidade da denúncia contra o Presidente Michel Temer (PMDB), vão sofrer retaliações do Planalto.
Após se livrar de mais uma ação que poderia resultar do seu afastamento do governo, o presidente Michel Temer escalou aliados para mapear os deputados que traíram o governo durante a votação da denúncia na Câmara nesta quarta-feira (02).
Temer conseguiu barrar a denúncia com 263 votos, mas previsões de integrantes da base aliada apontavam que esse número poderia chegar a 300 deputados.
Os responsáveis por fazer esse levantamento serão o líder do governo na Câmara, deputado paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o vice-líder Beto Mansur (PRB-SP). A ofensiva pode atingir entre outros parlamentares, o deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), atendendo apelo dos paraibanos, votou contra o governo, assim como fez, nas reforma do Trabalho. Veneziano já disse que não teme retaliação.
A ideia do Planalto é que eles procurem conversar com os deputados que prometeram que votariam com o governo, mas que, na hora de declarar a posição no plenário, mudaram de ideia.
Entre as traições inesperadas estão, por exemplo, Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que faz parte da bancada ruralista, e do cantor Sérgio Reis (PRB-SP), que estava sendo pressionado pela legenda a votar com o governo.
Os líderes também vão buscar descobrir o motivo de cada um dos 16 deputados que se ausentaram do plenário e não participaram da votação. Há nomes que eles já sabem o porquê, como o do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que ainda está magoado com o governo depois de ter sido demitido do Ministério da Justiça.
Segundo Beto Mansur, a ideia não é fazer uma “caça às bruxas”, mas ter uma noção real do tamanho da base aliada após a votação. “Nós vamos fazer uma análise, não é uma caça às bruxas de jeito nenhum, até porque não é minha função fazer isso. Vamos fazer um levantamento para saber o tamanho da base e nos prepararmos para votações futuras”, disse.
Dos 12 deputados que integram a bancada federal paraibana, 11 estavam em plenário, sendo que cinco deles, votaram pela continuidade do processo contra Michel Temer.
PB Agora com época
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