Os 100 primeiros dias do governo Maranhão II e meio – como diria um atento leitor de minha coluna – não apresentaram absolutamente nada. Nem administra nem politicamente. Aliás, politicamente foi até um desastre, com tantos deputados insatisfeitos por demandas não atendidas e tantos aliados aguardando já impacientes por nomeações prometidas e não cumpridas.
Administrativamente, os 100 primeiros dias foram de uma pobreza estarrecedora. Para quem já vinha há anos se preparando para assumir o governo, não fez nada que convencesse a população de que, de fato, Maranhão II e meio era a salvação da pátria – digo, do Estado.
A agendinha publicada no Jornal da Paraíba contando, dia por dia, a rotina do governador foi hilária. Não pela idéia em si – jornalisticamente, até que foi uma boa sacada -, mas pela total ausência de conteúdo. Você lê a agenda toda e se pergunta no final: “Sim, mas o governo fez o quê mesmo nesses 100 dias?”.
Nada de concreto. Só promessas. Promessas, como bem analisou meu colega Luis Tôrres, como se em campanha estivesse. E de fato está. Para 2010, se o prefeito campinense não o atropelar até lá. Mas comemorar 100 dias com promessas não é bem, digamos, uma prestação de contas. E de promessas estão todos cheios.
Não está lá na cadeira de governador porque o eleitor quis, então ninguém lhe pode cobrar nada, certo?
Errado. Se ele quis a todo custo ser governador, mesmo o eleitor não o querendo, então que mostre à população que ele vai fazer a diferença, que estava certo em usurpar o poder, que mostre que é capaz de “reconstruir” o Estado.
Mais 100 dias para começar de fato o governo?
Ok, vamos esperar.
Mais 100 dias para enfim ocupar todos os cargos importantes no Estado?
Ok, vamos testar a paciência dos aliados. Como esse governo é bom em testar a paciência dos outros – os “lobos” delegados, que viraram “cordeirinhos”, que o digam – vai ver que conseguirá um lugarzinho ao sol para todos aqueles que esperaram tanto tempo e com tanta expectativa pelo governo Maranhão II e meio.
Maranhão é que o se chama de “raposa velha” na política. Os cordeirinhos que se cuidem.