A decisão monocrática do ministro Marco Aurélio, que decidiu afastar o senador Renan Calheiros da presidência do Senado começa a movimentar os parlamentares, que decidiram se unir para preservar a instituição. Os poderes são independentes e harmônicos entre si, mas os últimos acontecimentos têm colocado executivo, legislativo e judiciário em rota de colisão.
O senador paraibano, Deca do Atacadão, do PSDB, considerou o momento crítico, mas ressaltou a união da classe em prol do Congresso Nacional.
“O que eu posso dizer é que, na verdade, é complicado entender que um Poder como o Legislativo tenha seu presidente afastado através de uma decisão monocrática. Neste momento, o que tem que se fazer é cumprir decisão da Justiça. A Mesa do Senado está fazendo reuniões para que aja o entendimento e a votação imediata do plenário do STF para que tenha uma decisão definitiva”, avaliou em entrevista ao blog do Gordinho.
Deca lembrou que o país precisa respeitar a separação dos poderes, com cada classe defendendo suas prerrogativas, sem que uma interfira na outra.
“O presidente Renan Calheiros deu entrada na defesa para pedir para revogar a decisão. A movimentação no Senado da República é justamente sobre essas questões. Nós estamos aqui reunidos, apoiando a nossa instituição. O Brasil precisa separar os Poderes, certamente, uma decisão do plenário é mais contundente”, declarou.
Em menos de 100 dias o país protagonizou após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a cassação do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), então presidente da Câmara dos Deputados, e o afastamento de Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado e do Congresso Nacional.
“São situações diferentes. A questão do presidente da Câmara é uma questão definida, mas o que estamos passando é um período político crítico que acaba afetando a economia brasileira e é preciso acabar com isso. Os Poderes têm que ter o seu comando e cada um tem que viver independente, apesar de estarem interligados”, ressaltou.
Para o tucano, o momento é de união em prol de um país melhor
PB Agora
