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“A oposição é a que menos deve ter pressa”, diz 1ª vereadora negra de CG

Apesar de ainda distante o tema ‘eleições para a mesa diretora da Câmara Municipal de Campina Grande’ vem sendo tema de intensas articulações entre os vereadores campinenses. De fato a votação ocorrerá somente em 1° de janeiro, mas segundo Josilene Maria de Oliveira, mais conhecida como ‘Jô Oliveira’ primeira vereadora negra da cidade, a oposição ao qual integra não deve ter pressa para assinar lista das duas candidaturas ligadas à base de apoio do prefeito – a de Ivonete Ludgério e a de Eva Gouveia que tem procurado a bancada de oposição.

“Não custa ouvir (as duas postulações), mas a bancada de oposição não deve se apressar para assinar lista”, afirmou Jó Oliveira. Segundo a vereadora eleita pelo PCdoB, “a oposição é a que menos deve ter pressa. Somos minoria, mas a oposição tem de marcar terreno enquanto oposição”. Dos 23 parlamentares eleitos em Campina Grande, apenas seis são oposicionistas. Dentre os que integram a oposição, o vereador reeleito Olimpio Oliveira já colocou seu nome a disposição dos colegas de parlamento como uma opção viável para a presidência da CMCG, alegando que o poder legislativo precisa de mais independência do poder executivo.

Conheça mais sobre a trajetória da primeira vereadora negra da cidade – Mestre em Serviço Social Josilene Maria de Oliveira quebrou um paradigma, ao romper com esses modelos tradicionais e se tornar a primeira vereadora negra eleita em Campina Grande.

Aos 38 anos, Jô Oliveira, do PCdoB, enfrentou sua terceira eleição e ficou na sexta posição entre os mais votados, com 3.050 votos. A ideia de se candidatar como um nome alternativo em uma cidade historicamente mais conservadora surgiu em 2015. No ano seguinte, foi candidata pela primeira vez. Conquistou 1.544 votos, ficou na primeira suplência Em entrevista exclusiva ao PB Agora, Jô Oliveira falou da alegria da vitória, da presença feminina na Câmara Municipal de Campina Grande e dos projetos que pretende desenvolver na Casa.

Jô que é formada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), disse que não ficou surpresa com o resultado, pois já desenvolve um trabalho na cidade na área da educação, cultura, especialmente nos movimentos culturais. Ela garantiu que vai fazer um mandato voltado para a implantação de políticas que favoreçam a vida e os direitos de todos. Destacou que a cultura terá um foco especial por ser uma importante ferramenta que pode melhorar a vida das pessoas.

Ao manifestar o sentimento de gratidão aos campinenses que acreditaram em suas propostas nas urnas, a vereadora eleita disse que a sociedade vive uma efervescência, fruto de muita luta para quebrar barreiras como as de gênero e racial e combater as desigualdades sociais.

Ela destacou que construiu uma carta programa composta por 48 páginas, a partir de conversa com diversos segmentos da sociedade, a exemplo de associações de moradores e clube de mães. “Na verdade demandas tem muito na cidade. Demandas temos demais, como saúde, educação. Vamos defender demandas da sociedade na Câmara de Vereadores” destacou.

Eleita pelo PCdoB que teve como candidato a prefeito o deputado Inácio Falcão, Jô garantiu que será oposicionista ao prefeito eleito Bruno Cunha Lima (PSD), e vai ser uma vereadora combativa que vai defender os reais interesses e a demanda da população. Ao todo, sete mulheres foram eleitas vereadora em Campina Grande nas eleições do último domingo, um recorde histórico na historia da Casa de Félix Araújo.

Redação

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