O ministro Toffoli viajou em um jatinho para assistir à final da Libertadores ao lado de um advogado que representa um dos empresários do banco Master. Em seguida, o ministro Toffoli decretou sigilo das investigações contra o banco Master, que praticou um dos maiores escândalos financeiros da história brasileira.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro decidiu pela revogação da prisão do deputado Rodrigo Bacellar, acusado de ter mantido contato telefônico e ajudado outro deputado que fora preso sob acusação de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, e potencial relação com o Comando Vermelho.
No ano que vem, desenha-se o seguinte cenário eleitoral. No Congresso, os partidos se articulam para gastar bilhões de reais dos cofres públicos para bancar as próprias campanhas. Além do uso obsceno de emendas parlamentares, os parlamentares e os donos do partido se articulam para usar o fundo eleitoral e se manter onde estão.
Lula tentará a reeleição. Trata-se do presidente das épocas do mensalão, petrolão e do escalonamento das fraudes do INSS. Trata-se do presidente que retirou o Brasil de uma aliança internacional contra o aborto, que tem indicado ministros do STF por lealdade a si, e que piorou excessivamente a dívida pública.
Flávio Bolsonaro se tornou o poste de Jair Bolsonaro como líder da oposição. Trata-se do indivíduo ajudado por Toffoli na suspensão do inquérito com dados do COAF, daquele que Gilmar Mendes barrou as investigações de rachadinha e daquele que atuou contra a Lava Toga. Ainda na direita, o líder do MBL surgiu usando estética do fascista Mussolini nas redes sociais.
O Brasil está sob uma forte crise política, moral, institucional e espiritual. A política brasileira já necrosou. As células e tecidos estão patologicamente adoecidos. Há uma desordem generalizada das lideranças políticas. Uma completa falta de virtudes. Como diria Dilma: “não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.
Anderson Paz








