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7 anos após atropelar e matar popular, filho de deputado sequer é denunciado pelo MP

Sete anos após atropelar e matar popular, filho de deputado da PB sequer é denunciado pelo MP; crime caminha para prescrição


EXCLUSIVO.
Acusado de atropelar e matar um popular, no ano de 2010, por trafegar em alta velocidade, sem dar chance de defesa às vítimas, o ex-prefeito de Esperança, Anderson Monteiro (PSC), filho do deputado estadual Arnaldo Monteiro, também do PSC, ainda não foi denunciado pelo Ministério Público e o crime já começa a ser questionado por familiares da vítima que sentem o “cheiro de prescrição” no ar.

O crime aconteceu em outubro de 2010 e, uma das únicas movimentações dadas ao processo até agora foi feita pelo juiz da comarca de Alagoa Nova, Eronildo José Pereira, em 2013, que reconheceu, por sentença judicial, a culpa exclusiva do ex-prefeito de Esperança, Anderson Monteiro, e ainda julgou improcedente a denúncia que tentava incriminar o condutor da moto, Josevan Enedino Lúcio, como causador do acidente, que vitimou a própria esposa, Adjailma Fernandes do Nascimento, nas imediações da BR 230, próximo ao sítio Riacho Fundo, no município de Esperança.

Conforme os autos, o marido da vítima fatal estava em uma moto, com a esposa, quando foi atingido bruscamente pelo carro dirigido pelo filho do deputado, que trafegava em alta velocidade.

Diz a sentença judicial:

“No caso em tela sequer restam dúvidas, melhor dizendo, ficou devidamente comprovado, tanto pela prova documental, quanto pela prova testemunhal que o réu (o esposo da vítima fatal), não foi o culpado pela morte da vítima, e sim o motorista do veículo quando trafegava na pista de rolamento em alta velocidade, não dando tempo ao réu de atravessá-la, não lhe dando a menor condição de desvio”, diz a sentença que inocentou o esposo da vítima.

Como não foi denunciado pelo Ministério Público, o filho do deputado corre o risco de sequer virar réu ou ser condenado.

Por conta da morosidade, uma notícia crime já foi protocolada no MP em Esperança, em maio desse ano, justamente para pedir providências sobre esse caso, que já se arrasta há quase sete anos. Mas, até agora, não houve movimentação.

 

 

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