A defesa do presidente Michel Temer entrou, nesta segunda-feira (22), com um novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), desta vez para que a Corte não suspenda o inquérito que foi instaurado contra o peemedebista após vir à tona a gravação dele com o dono da JBS, Joesley Batista.
Os advogados submeteram o áudio a uma perícia particular, que apontou dezenas de "70 pontos de obscuridade no material". Desta forma, a defesa acredita que a investigação será arquivada no Supremo diante das alegadas imprecisões da gravação.
O pedido dos advogados de Temer é também um desdobramento da decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que determinou, também nesta segunda-feira (22), que o Plenário da Corte só julgue o caso após a Polícia Federal finalizar a perícia da gravação. O julgamento sobre a continuidade ou não do inquérito seria na próxima quarta-feira (24).
Relator do processo, o ministro Edson Fachin acatou, no sábado (20), um pedido da defesa de Temer para que a PF realize a análise da gravação, já que Temer alega que o áudio foi editado e alterado e que não corresponde à conversa registrada por Joesley e entregue ao Ministério Público Federal em acordo de delação premiada. A PF, porém, informa que não há prazo para a conclusão da perícia.
A abertura do inquérito por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça foi autorizada por Fachin na quinta-feira (18), a pedido da PGR. Segundo o Ministério Público Federal, em encontro com o empresário Joesley Batista, Temer deu aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, ambos presos, para que continuassem em silêncio. O áudio da conversa, gravada por Joesley, foi disponibilizado na última quinta-feira (18). Após a divulgação, o presidente Michel Temer e assessores afirmaram que o conteúdo da conversa não incrimina o presidente.
No fim de semana, em novo pronunciamento à nação, Temer anunciou um recurso ao Supremo, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas contradições no depoimento de Joesley, dono do grupo JBS, como a informação de que o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.
Gravador
A Polícia Federal (PF) solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que seja entregue o gravador com o qual empresário Joesley Batista gravou a conversa com Temer no Palácio do Jaburu, em 7 de março deste ano. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a gravação será periciada. O pedido foi feito pela defesa de Temer.
O Instituto Nacional de Criminalística apontou que é fundamental ter acesso ao gravador para que a perícia na gravação seja feita. A PF reforça que não há prazo para a conclusão da perícia.
O advogado de Joesley, Francisco Assis, informou porém que o gravador está fora do país e chegará nesta terça-feira (23), pela manhã. Assis afirmou que o equipamento será levado diretamente para a Polícia Federal (PF) assim que chegar ao Brasil.
Jornal do Brasil
Acompanhe o PB Agora nas redes:
O concurso 2951 da Mega-Sena, sorteado nesse sábado (13), não teve acertadores das seis dezenas…
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa…
O cantor Roberto Carlos sofreu um acidente na madrugada deste domingo (14), durante as gravações…
Um homem foi preso no bairro Valentina Figueiredo, Zona Sul de João Pessoa, após ser…
Na manhã deste domingo (14), políticos, sindicatos, associações e diversas instituições realizaram um ato público…
Na noite desse sábado (13), policiais militares da Força Tática do 5º Batalhão da Polícia…