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Preso, Antônio Ais usava identidade falsa na Argentina; Justiça deve solicitar extradição de casal

O império ruiu de vez. Depois de ter passado mais de 1 ano foragido e ter o seu nome na lista de procurados da Interpol, o empresário Antônio Inácio da Silva Neto, mais conhecido como Antônio Ais, e a sua esposa Fabrícia Campos, foram presos pela Interpol, Polícia Internacional, na Argentina. De acordo com o jornal Clarin, Antônio Ais Neto estava utilizando uma identidade falsa, com o nome João Felipe Costa na Argentina.
Após suspeitas, investigadores da Interpol rastrearam compras do dono da Braiscompany em um supermercado e também o observaram em um ginásio, até chegarem ao local onde ele estava vivendo com a família.

A Interpol usou drones para rastrear durante uma semana os movimentos de Antônio Inácio Neto e sua esposa Fabrícia Campos. Eles são os fundadores da empresa Braiscompany, sediada em Campina Grande, na Paraíba, e investigada por um esquema de pirâmide financeira que teria lesado milhares de pessoas no Brasil. O casal queria fugir para Dubai.

Agora, a Justiça Federal da Paraíba deve solicitar a extradição do casal, para que eles possam responder pelos crimes no Brasil. O Brasil e a Argentina têm um acordo que permite a extradição de pessoas acusadas ou condenadas por crimes comuns.

O condomínio Haras Santa Maria” onde, de acordo com o Jornal Clarín, o ‘casal Braiscompany’ estaria residindo nos últimos tempos é conhecido na região pelo alto padrão.


Entre os equipamentos do local estão: campo de golfe com 18 buracos, 17 quadras de tênis, duas quadras de futebol (uma com grama natural e outra sintética) e setor de hipismo.
O condomínio também oferta um “clube familiar que conta com ginásio, duas piscinas, vestiários, restaurante, mini-cinema e setor de jogos para crianças”.

Antes de tentar se esconder no Haras por no mínimo uma semana, o casal teria morado junto com os filhos em Palermo, La Plata, Nordelta. O município de Escobar pertence a província de Buenos Aires e tem como espécie de ‘sede’ a cidade de Belén de Escobar. O condomínio onde, segundo o jornal O Clarín, Antônio Neto e Fabrícia Ais foram encontrados, fica distante cerca de 50 quilômetros da cidade de Buenos Aires, capital da Argentina.

Natural de Cuité, na região do Curimataú da paraíba, Antônio Neto, juntamente com sua esposa, Fabrícia Farias Campos, estavam foragido há um ano, desde quando passaram a ser alvo de mandado de prisão da Justiça Federal em Campina Grande, onde funcionava a sede da sua empresa.

O paraibano é acusado de aplicar golpe milionário contra investidores a quem prometia lucros de até 80%. O esquema, de acordo com a investigação, era uma pirâmide financeira que levou muitos dos clientes à falência.

A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões feita pela empresa em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos. Na operação a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa.

Antônio Ais e a sua esposa Fabrícia Farias, foram condenados por comandar um golpe milionário no sistema financeiro e no mercado de capitais, por meio da empresa de criptoativos Braiscompany. Antônio Inácio da Silva Neto pegou uma pena de 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia Farias, 61 anos e 11 meses. Também foram condenados outos 9 réus. O montante a ser reparado é de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo

Entre os crimes citados na sentença do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande Vinícius Costa Vidor, estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais.

Os nomes de Antônio e Fabrícia estavam desde fevereiro de 2023 na lista de procurados da Interpol, a polícia criminal internacional que age em todo o mundo.

A Braiscompany foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 16 de fevereiro de 2023, que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa do ‘casal Braiscompany’ e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em João Pessoa e em São Paulo. A operação foi nomeada de Halving.

A empresa, idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.

O que a Braiscompany oferecia?

O ‘casal Braiscompany’ prometia um retorno financeiro ao redor de 8% ao mês, uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado. Milhares de moradores de Campina Grande investiram suas economias pessoais na empresa, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos. Antônio Neto Ais, o fundador da companhia, disse em uma live que gerenciava R$ 600 milhões de 10 mil pessoas.

De acordo com a Polícia Federal, os sócios da Braiscompany movimentaram cerca de R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos. Várias pessoas de todo o País foram lesados com o golpe, entre eles, o lutar Popó.

O empresário mantinha um Instagram com fotos bem produzidas, registros ao lado de celebridades e vídeos motivacionais. Quando o golpe estourou, sua rede social registrava 900 mil seguidores, que consumiam conteúdo sobre uma vida de luxo e sucesso individual.

Um relatório da Polícia Federal indicou que o ‘casal Braiscompany’ fugiu do país pela fronteira terrestre com a Argentina. Eles utilizaram os passaportes da irmã e do cunhado de Fabrícia. Desde então, não há informações divulgadas sobre o paradeiro do ‘casal Braiscompany’.

SL

PB Agora

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