Um casal foi preso pela Polícia Civil suspeito de praticar maus tratos contra a filha de apenas 8 meses, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba. Segundo a Polícia Civil, entre os meses de dezembro de 2016 e janeiro deste ano, a criança deu entrada em vários hospitais com lesões e fraturas por todo o corpo, o que provocou cegueira em um dos olhos dela
O homem de 18 anos e a mulher de 20 anos foram presos na tarde da última segunda-feira (13), em Campina Grande, mas as informações só foram divulgadas no início da noite de ontem terça-feira (14). Desde janeiro deste ano, a guarda da criança havia sido retirada dos pais, já com as suspeitas de maus tratos.
De acordo com a Polícia Civil, no dia 15 de dezembro de 2016 a criança foi levada para um hospital de Campina Grande com ferimentos da cabeça. No dia 24 de dezembro de 2016 a criança deu uma nova entrada em um hospital com um quadro de febre e os médicos descobriram que ela estava com fraturas nas pernas. Já no dia 6 de janeiro deste ano, mais uma vez a criança deu entrada no hospital com ferimentos na cabeça, que provocaram sangramento cerebral e cegueira.
“Desde janeiro a família perdeu a guarda, pois o Conselho Tutelar foi acionado com a suspeita da prática de maus tratos. A menina foi encaminhada para um abrigo, onde permanece acolhida. As agressões foram tantas que a criança teve cegueira em um dos olhos. Na semana passada ela passou por uma cirurgia no olho”, explicou a delegada Alba Tânia da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Infância e Juventude.
Durante a investigação do crime, a delegada disse que os pais alegavam que os hematomas eram provocados por acidentes, versão que foi desconstruída pelos relatos das equipes médicas. “Eles sempre tentavam justificar dizendo que a criança estava brincando e havia caído, mas os médicos disseram que as lesões não eram características desse tipo de situação”, disse a delegada.
O casal foi detido por força de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. Depois do cumprimento dos mandados, os dois suspeitos foram ouvidos e encaminhados para audiências de custódia. O homem foi levado para a penitenciária Padrão e a mulher para o Presídio Feminino, ambos em Campina Grande.
Foragido
A delegada Alba Tânia também destacou que o pai da criança estava foragido do Centro Educacional Lar do Garoto, em Lagoa Seca, no Agreste paraibano. Ele estava internado depois de ser apontado como autor de um ato infracional semelhante a latrocínio e quebrou a medida socioeducativa, em uma fuga ocorrida no ano passado. “Inclusive, ele chegou a levar a criança para o hospital e depois fugiu porque sabia que seria recapturado”, disse a delegada.
Redação com G1
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