Uma apreensão de carga roubada foi feita por agentes do Fisco Estadual e da Tropa de Choque da Polícia Militar no final da tarde de ontem. Um caminhão Scania, de placa LYG-0580/CE, que vinha de Sergipe para Campina, foi apreendido com eletrodomésticos, eletrônicos, venenos, medicamentos e outros produtos sem nota fiscal. Após investigações, a polícia descobriu que a carga era roubada.
A suspeita foi levantada por agentes do posto fiscal de Alcantil, no Cariri, quando os ocupantes do caminhão não pararam no local para apresentação da nota fiscal. A polícia foi acionada e conseguiu capturar o caminhão e o motorista, Antônio Claro Pereira do Nascimento, natural de Teresina. Um outro homem, que vinha no caminhão, que, segundo Antônio Claro, seria o dono da carga, saltou do carro ainda em movimento e conseguiu fugir.
A nota apresentada por ele dava conta de que a carga era de depósitos e utensílios plásticos de cozinha, entretanto, o material encontrado no caminhão foi muito diferente. Por responder a dois processos de tráfico de drogas, ele foi conduzido pelos policiais do Choque para a Polícia Federal, em Campina Grande. Lá os cães farejadores fizeram um rastreamento na carga, mas não conseguiram encontrar drogas. Mas, segundo a polícia, essa hipótese não está descartada e outra avaliação deverá ser feita nos produtos.
Durante o processo de investigação, foi confirmado pelo delegado Alexandre Paiva que a carga seria roubada. A Transportadora Ramos comunicou que uma carga semelhante foi furtada em Alagoas. Uma avaliação do valor da carga não pode ser feita pelos fiscais devido à quantidade dos produtos, mas hoje será feita a conferência dos lotes para identificar se realmente se trata do material roubado.
Antônio Claro afirmou que não sabia que a carga não condizia com o conteúdo da nota fiscal e que só passou pelo posto, porque o homem que estava com ele, que seria o dono da carga, mas que ele não quis revelar a identidade à polícia, teria mandado ele não parar. Ele foi encaminhado para a Central de Polícia, onde ficará detido até o final das investigações e pode ser autuado por receptação.
Jornal da Paraíba