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PCC mantém linha direta com presos paraibanos e financia crime organizado no Estado, diz O Norte

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos mais audaciosos criminosos do sistema penitenciário nacional, tem estreitas ligações com o crime organizado na Paraíba. Apesar de estar recolhido a uma unidade de segurança máxima no município de Presidente Venceslau, em São Paulo, Marcola mantinha contatos com apenados de outras unidades, inclusive com detentos do Presídio do Roger, em João Pessoa.

A Secretaria de Cidadania e Administração Penitenciária, através de seu serviço de inteligência, descobriu que um grupo de apenados do Roger mantinha contato por telefone celular e planejava execuções, tráfico de drogas e prática de extorsões, inclusive contra outros apenados, cujos familiares eram forçados a vender bens para que parentes presos sejam mantidos vivos.

O objetivo das investigações é saber a partir de agora qual é o teor das conversas entre Marcola e os aliados que ele mantém a seu serviço em unidades prisionais de todo o País. A polícia já sabe que dois apenados condenados por tráfico de drogas e assaltos à mão armada estavam de posse de cópias do estatuto do PCC (Primeiro Comando da Capital) e movimentavam dezenas de contas bancárias abertas pela facção criminosa paulista em agências da Caixa Econômica Federal para arrecadação de dinheiro para financiamento de ações criminosas no País, em represália à aplicação de leis mais duras contra os líderes de facções que dão as ordens de dentro das prisões.

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar e Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, são dois presos que cumprem regime diferenciado, não podendo receber visitas.]

SAIBA MAIS
O diretor do presídio, Dinamérico Cardim, recebeu recomendação para que investigasse o comportamento de alguns apenados e os agentes constataram que os detentos Jandson de Oliveira Neto e Emerson Andrade de Carvalho eram os responsáveis pelo contato com bandidos recolhidos a presídios de São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.

Ao verificar a lista de telefonemas, foi descoberto que os contatos eram sempre para São Paulo Rio, de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Um caderno com o número de contas que os membros da facção usavam para receber depósitos foi apreendido e será encaminhado à Justiça.

Depois que a Secretaria de Administração Penitenciária identificou quem eram os apenados que estavam de posse de celulares, o juiz da Vara das Execuções Penais da Capital, Carlos Beltrão Martins, foi informado e autorizou a transferência de Jandson Oliveira e Emerson Andrade para o presídio de Segurança Máxima PB I, em Jacarapé.

Jornal O Norte

 

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