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Operação Turko: Polícia prende suspeito em CG

A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (18) que nove pessoas já foram presas em flagrante durante a Operação Turko, deflagrada nesta manhã na Paraíba, em mais 19 estados e no Distrito Federal para combater o crime de pornografia infantil na internet.

As prisões ocorreram nos estados de São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Espírito Santo (1), Mato Grosso (1) e Pernambuco (1) e Paraíba (1). Segundo o delegado de Repressão de Crimes Cibernéticos da PF, Carlos Eduardo Sobral, a corporação já cumpriu 47 dos 92 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.

Entre os materiais apreendidos, estão centenas de CDs e DVDs com conteúdo pornográfico, além de computadores que podem conter material de pornografia infantil.

O acusado preso na Paraíba foi capturado na cidade de Campina Grande. De acordo com informacoes da sede da PF em CG, o homem está sendo ouvido e deverá seguir direto para o presídio após o depoimento. Com ele, a policia encontrou mídias contendo fotos e vídeos de crianças e adolescentes em sua casa. O suspeito não estava na lista dos procurados, porém, ao chegar no local a polícia realizou o flagrante. Em João Pessoa, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, mas não houve nenhuma prisão.

De acordo com o delegado, a operação, batizada em alusão ao site de relacionamentos Orkut, foi deflagrada após a quebra de 3.265 perfis do Orkut – denunciados por conter conteúdo de pornografia infantil. Sobral afirmou que essa foi a primeira operação realizada depois de acordo assinado com o Google, provedor responsável pelo site, em julho de 2008.

 

Segundo o procurador Sérgio Suiama, essa já é “a maior operação do mundo no que diz respeito ao combate de pornografia infantil em redes de relacionamento da internet”.

A investigação, coordenada pela Divisão de Direitos Humanos e pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, é resultado de informações repassadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia no Senado Federal, em parceria com a ONG Safernet e com o Ministério Público Federal de São Paulo.

De acordo com o MPF, todos os presos na operação estarão sujeitos à pena de um a quatro anos por posse de material pornográfico infantil, além de pena de três a seis anos por distribuição de pornografia infantil na internet.

Os mandados foram expedidos a partir de denúncias recebidas pelo site www.denunciar.org.br entre novembro de 2007 e março de 2008. Segundo Sérgio Suiama, o Brasil não é um produtor em larga escala de pornografia infantil na internet e nem hospeda sites com esse fim, mas a propagação se dá principalmente por sites de relacionamento social.

Esta é a primeira grande operação após a publicação da lei 11.829, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente e tornou crime a posse de material pornográfico infantil. A operação é uma das ações que marcam o Dia Nacional de Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta segunda-feira. A data foi instituída pela Lei Federal nº 9970/00 e lembra um crime bárbaro que chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”, ocorrido em 1973, em Vitória.

O delegado Carlos Eduardo Sobral adiantou que, no máximo até a semana que vem, mais quatro projetos serão enviados para o Congresso Nacional para tratar especificamente do assunto. Ele acrescentou que a operação deflagrada nesta segunda não se trata de um ato isolado, afirmando que a PF deve realizar novas operações para combater a prática.

"A pedofilia está em todas as classes e em todas as idades. É um crime gravíssimo, que merece toda a nossa atenção no seu combate, repressão e prevenção", afirmou o delegado. As prisões desta segunda ocorreram em residências e empresas. Os detidos, no entanto, não tiveram seus nomes revelados e nem idade e o sexo.

 

 

Redação

 

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