"Cerca de 300 gatos já foram chacinados em João Pessoa desde janeiro de 2017 até a semana passada por envenenamento ou outros tipos de armas. O pior é que até hoje não foi identificado nenhum autor desse tipo de crueldade". A informação é do presidente da Comissão de Direito Animal da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB-PB), e coordenador do Núcleo de Extensão em Justiça Animal da UFPB, advogado Francisco Garcia. A OAB é uma das entidades que participou de uma ação educativa de posse responsável, sobre as maneiras de se cuidar bem dos animais e sobre a criminalização e envenenamento de animais, realizada ontem no Parque Solon de Lucena (Lagoa).
Na semana passada mais 12 felinos foram mortos por envenenamento no Jardim Cidade Universitária. Os gatos mortos viviam em um terreno ao lado de um prédio, onde mora um casal que cuidava deles. De repente, numa ação covarde, todos os felinos que viviam na área foram encontrados mortos ao amanhecer.
O advogado Francisco Garcia, informou ontem que já acionou a Delegacia de Crimes Ambientais e adiantou que é muito difícil descobrir a autoria desses crimes uma vez que geralmente a comida envenenada é colocada para os gatos durante a noite. Francisco Garcia acredita que a medida essencial para evitar a matança de gatos em João Pessoa, seria a implantação da 'Educação Animalista' nas escolas de Ensino Fundamental e Médio.
"O importante é que todos saibam que os animais sentem dor, sentem fome e sofrem", pontuou o advogado, lembrando que de janeiro a dezembro do ano passado, foram chacinados na Universidade Federal da Paraíba, 100 gatos e recentemente, no Centro Administrativo Municipal 25 foram mortos por envenenamento. Pelo Código de Direito e Bem Estar Animal da Paraíba, a pena para quem promove a morte de animais por ódio, é de três meses a um ano de detenção e dependendo da gravidade do crime, a multa pode chegar a R$ 60 mil, segundo informações de Francisco Garcia.
Redação
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