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João Pessoa aparece em investigação da PF que liga fraudes no Farmácia Popular a tráfico internacional de drogas

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Uma mulher de João Pessoa foi citada em uma ampla investigação da Polícia Federal que revelou o uso criminoso do programa Farmácia Popular como ferramenta de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Célia Aparecida de Carvalho é apontada como uma das peças-chave do esquema, responsável por fornecer CNPJs de empresas fantasmas usadas para simular farmácias e viabilizar o desvio de milhões de reais.

De acordo com a PF, o número de telefone de Célia foi registrado como contato de uma suposta farmácia instalada em um terreno vazio, tomado pelo mato, numa cidade onde nunca houve funcionamento real do estabelecimento, em Goiás. O local servia apenas para simular transações no sistema do programa federal, que oferece medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto à população brasileira.

A fraude envolve pelo menos R$ 40 milhões desviados por meio de farmácias de fachada espalhadas em diversos estados, incluindo Goiás, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em João Pessoa, a ligação direta com o número de telefone de Célia reforçou os indícios de que a capital paraibana também foi usada como ponto de apoio para as operações da organização criminosa.

Além da venda e compra de CNPJs por “laranjas”, o grupo criminoso também utilizava CPFs e endereços de pessoas inocentes para registrar compras falsas de medicamentos. A Polícia Federal afirma que os recursos desviados eram posteriormente usados para financiar a compra de cocaína na Bolívia e no Peru, abastecendo facções ligadas ao Comando Vermelho e até ao Clã Cisneros, organização criminosa peruana com atuação em laboratórios clandestinos de produção de drogas.

Célia Aparecida, segundo a investigação, negociava farmácias fictícias com Adriano Rezende Rodrigues, conhecido como Adriano Tatu, que é sócio de uma das drogarias em Cerquilho (SP) que recebeu quase R$ 1 milhão do programa. A Polícia ainda apura a conexão direta entre Célia e Fernando Batista da Silva, o Fernando Piolho, apontado como chefe da quadrilha.

A dimensão da fraude impressiona: 148 farmácias reais ou fantasmas participaram do esquema, com o uso irregular de cerca de 160 mil CPFs em todo o país. Apenas no programa Farmácia Popular, o sistema de auditoria detecta cerca de 140 mil tentativas diárias de autorizações irregulares.

A Polícia Federal continua apurando os repasses e as conexões locais do grupo.

Confira a matéria completa:

Fraude no Farmácia Popular financia tráfico internacional e envolve rede de farmácias fantasmas

PB Agora

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