A Paraíba o tempo todo  |

Grupo de trabalho em defesa das mulheres será criado na PB

O Ministério Público da Paraíba, Tribunal de Justiça, Secretaria da Mulher e Diversidade Humana e Secretaria de Segurança e Defesa Social e Movimento das Mulheres vão formar um grupo de trabalho para criar diretrizes para investigar, processar e julgar mortes violentas de mulheres. A formação do grupo foi discutida na manhã desta quinta-feira (16) em reunião realizada no MPPB.

 

Participaram o coordenador do Núcleo de Políticas Públicas do MPPB, procurador Valberto Lira; a promotora de Justiça Jovana Tabosa, que coordena o Fórum Interinstitucional de Prevenção e Combate à Violência Obstétrica; a secretária da Mulher e Diversidade Humana, Gilberta Soares; Graziela Queiroga Gadelha de Sousa (coordenadora do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher); delegada Maísa Félix (coordenadora das delegacias da Mulher no Estado); e a delegada de polícia e assessora da Secretária de Segurança, Cassandra Duarte; a representante do Movimento de Mulheres, Hildevânia Macedo; delegados de polícia e representantes da Universidade Federal da Paraíba.

 

Segundo a secretária Gilberta Soares, a criação do grupo de trabalho é uma das etapas da implantação do Protocolo da ONU Mulheres protocolo latinoamericano elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre feminicídio. A ideia é que as diretrizes sejam construídas de forma interinstitucional e adequada à realidade local.

 

O grupo de trabalho será criado através de decreto do governo do Estado. Durante a reunião, foram apresentados os decretos de Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Maranhão que servirão de modelo para criação do grupo paraibano. O Grupo de Trabalho deverá ter ainda a participação da Defensoria Pública do Estado.

""

 

O procurador Valberto Lira reafirmou o apoio do Ministério Público na construção de um instrumento que vai favorecer a população. "Podem sempre contar com o apoio do MP", disse.

 

A promotora Jovana Tabosa falou sobre o projeto "Cenários", do Conselho Nacional do Ministério Público, que trata da representatividade da mulher nas instituições e relatou sobre o evento que ocorrerá na próxima segunda-feira, no MPPB.

 

A juíza Graziela informou que o Tribunal de Justiça reclassificou, essa semana, 89 processos em tramitação e agora eles são considerados como casos de feminicídio. Ela explicou que apenas 10 processos estavam classificados como feminicídio ocorrido em 2017, até janeiro desse ano pelo Judiciário estadual.

 

A assinatura do decreto ficou agendada para o dia 25 de setembro.

 

Feminicídio

A qualificadora de feminicídio foi acrescentada ao artigo 121 do Código Penal pela Lei 13.104/2015 e classifica o crime de homicídio quando cometido contra a mulher, por razão de violência doméstica ou familiar ou pelo simples fato da vítima ser mulher.

 

Redação 

Garanta um desconto especial na sua certificação digital no Juristas Certificados Digitais

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe