As denúncias de casos de assédio sexual na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), campus de João Pessoa, estão preocupando a comunidade acadêmica. Desde a criação do Fórum de Mulheres em Luta da Universidade Federal da Paraíba, cinco processos de sindicâncias foram instaurados, mas há vários inquéritos em andamento.
De acordo com a professora doutora e coordenadora do Fórum, Nívia Pereira, “existe um processo que 15 alunas estão denunciando o mesmo professor. Outro que 15 alunas denunciam o mesmo aluno. Em todos os casos de assédio sexual envolvendo professor, as alunas desistem de pagar a disciplina que o assediador ministra”, enfatizou.
Para debater esses e outros casos, o fórum vai realizar o II Seminário Mulheres e Universidade: Juntas contra o Racismo, Machismo e LBTfobia, nos dias 26 e 27 de julho. O fórum estruturalizase nesses três eixos (racismo, machismo e LBfobia) e as principais reivindicações são a criação de um comitê de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres na UFPB, exigência que toda comissão para investigar uma denúncia seja composta por mulheres em sua maioria ou exclusivamente e a criação de espaços de acolhimentos a crianças nos centros para que as alunas mães possam ter condições de concluir seu curso.
O Fórum de Mulheres em Luta da UFPB é um movimento político auto-organizado criado para denunciar a situação das mulheres na UFPB, seja pelo assédio sexual por parte de professores, alunos, técnico-administrativos e homens que circulam a instituição ou pela violência psicológica que sofrem. Este espaço reúne mulheres que trabalham e estudam na instituição dos quatro campi ( Bananeiras, Rio Tinto e Mamanguape, João Pessoa e Areia).
A professora Nívia Pereira menciona que a violência sofrida pela mulher sempre vai estar associada ao machismo, racismo ou LBTfobia. “Se eu for conversar com uma mulher negra, ela sempre vai relatar o racismo e a violência que sofre. Uma mulher trans vai ser vítima da LBTfobia dentro dessa perspectiva. Por isso que o fórum está estruturado nesses três eixos”, afirmou.
Outro ponto abordado por ela é que um dos maiores motivos de evasão em caso de alunas é a maternidade. “Durante a graduação, se uma mulher engravida ou se já tem filhos, a tendência é desistir de concluir o curs porque a instituição não acolhe essa mãe. Recentemente, uma aluna veio assistir aula à noite com seu filho e foi expulsa por um professor homem. Isso se configura em uma violência institucional”, explicou.
Redação
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