Categorias: Policial

Fernando Cunha Lima perde registro após condenação estupro de vulnerável contra crianças

PUBLICIDADE

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) cassou, por unanimidade, o registro do médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, condenado por estupro de vulnerável contra duas crianças.

 A decisão ocorreu na noite de quarta-feira (13), durante audiência em João Pessoa, da qual o médico participou de cadeira de rodas e com bengala. Apesar disso, a medida ainda cabe recurso e poderá ser discutida em instâncias superiores.

Condenação na Justiça

A Justiça da Paraíba condenou Fernando Cunha Lima a 22 anos, cinco meses e dois dias de prisão em regime fechado. Além disso, ele deve pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais a cada vítima, totalizando R$ 200 mil. Os valores, por sua vez, serão corrigidos pelo INPC e acrescidos de juros de 1% ao mês desde o crime. Dessa forma, o montante final poderá aumentar consideravelmente ao longo do tempo.

O médico está preso na Penitenciária Especial do Valentina, na capital. A sentença, assinada pela juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, considerou a gravidade dos crimes, a vulnerabilidade das vítimas e o alto grau de dolo do réu. Consequentemente, o magistrado entendeu que a punição deveria ser rigorosa.

Prisão e captura

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba determinou a prisão preventiva de Cunha Lima em 5 de novembro de 2024, após denúncia do Ministério Público da Paraíba. Segundo o relator, desembargador Ricardo Vital de Almeida, o médico abusou da confiança de pacientes e familiares para cometer os crimes e, portanto, representava risco caso permanecesse em liberdade. Por outro lado, a defesa sustenta que ele é inocente.

O pediatra foi capturado em uma praia de Pernambuco em 7 de maio e levado para a cidade da Polícia Civil, no bairro do Geisel, em João Pessoa. Ao ser abordado pela imprensa, ironizou dizendo: “Com as minhas doenças eu não vou ficar preso, vou ficar só dois dias e saio”. Enquanto isso, as famílias das vítimas reforçaram a importância da prisão.

O caso e novas denúncias

As investigações começaram após denúncia de estupro contra uma criança de 9 anos durante consulta em 25 de julho de 2024. Desde então, o advogado das vítimas, Bruno Girão, informou que cerca de 20 pessoas procuraram a defesa relatando abusos. No entanto, apenas quatro formalizaram acusações — entre elas, duas sobrinhas do médico e duas mães de pacientes. Inclusive, há relatos de que outras vítimas ainda temem se expor publicamente.

Redação

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Prefeitura de João Pessoa abre inscrições para tendas familiares no Réveillon da orla

A Prefeitura de João Pessoa iniciou o período de inscrições para famílias interessadas em instalar…

13 de dezembro de 2025

Inmet emite alerta de baixa umidade para 124 municípios da Paraíba

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de baixa umidade relativa do ar,…

13 de dezembro de 2025

PF prende mullher líder de núcleo de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho na PB

A Polícia Federal confirmou a prisão de Ariadna Thalia, conhecida como “Arroto de Urubu”, apontada…

13 de dezembro de 2025

Evaristo Piza cobra dívida da SAF do Botafogo-PB, mas clube nega pendência

O técnico do Campinense, Evaristo Piza, que comandou o Botafogo-PB nesta temporada e garantiu a…

13 de dezembro de 2025

João Azevêdo nomeia ex-prefeitos Anna Lorena e Jarques Lúcio para cargos estratégicos no Governo da Paraíba

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), nomeou dois ex-prefeitos para cargos estratégicos no Executivo…

13 de dezembro de 2025

Superintendente-executivo dos Correios admite dificuldade para pagar 13º salário e folha de dezembro

Na última quinta-feira (11) o superintendente-executivo de Gestão de Pessoas dos Correios, Alexandre Martins Vidor,…

13 de dezembro de 2025